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As plantas produzem efeitos maravilhosos, isoladas ou agrupadas com espécies diferentes, seja pelo porte, forma, cor, textura ou densidade da folhagem ou das flores que apresenta. Procure explorar essas características para valorizar o seu jardim.

Ao escolher as plantas que irão compor o seu jardim você deve procurar atender às necessidades que detectou no seu levantamento e análise de dados, isto é, às informações coletadas durante a pesquisa da área.

O primeiro passo é definir as áreas onde plantar e o quê plantar. O mapa de sombras irá facilitar a sua vida. Definidas as áreas e os principais pontos de circulação (e os acessos), esboce um plano de massas. O plano de massas nada mais é do que uma planta onde se especificam as espécies a plantar pelo porte (árvores, palmeiras, arbustos, forrações, gramados).

A partir daí fica mais fácil estabelecer as espécies para áreas de sol, de sombra ou de meia sombra, as espécies que necessitam maior ou menor grau de luminosidade e umidade, as espécies com ou sem flor, etc.

Não misture espécies que apresentam necessidades diferentes para o seu pleno desenvolvimento. Procure utilizar espécies de sombra em locais sombreados e com pouca luminosidade e espécies de sol nas áreas bem ensolaradas. Algumas espécies necessitam de mais água que outras por isso não as misture também.

Para sua maior segurança na hora de escolher não esqueça de consultar os vizinhos os viveiristas da região.

Ao projetar o seu jardim, tenha cautela, entretanto, para não misturar muitas espécies num mesmo local para não saturá-lo tanto do ponto de vista das necessidades específicas de cada planta quanto do ponto de vista paisagístico.

Lembre-se! Um bom projeto não é aquele que congrega o maior número de plantas num mesmo local e sim aquele que sabe integrá-las com harmonia, enfatizando os elementos dominantes, sem obstruir os demais, respeitando sua escala e proporção, com ritmo e tirando partido de sues contrastes. Enfim, um projeto que mantenha a unidade e o equilíbrio entre as partes e o todo, sem necessariamente ser simétrico.

vasinhos de plantas
Se a temperatura subiu de repente e as suas plantas ficaram muito expostas e acabaram murchando, pode-se dizer que elas sofreram um “golpe de calor”. Na maioria dos casos você poderá recuperá-las seguindo os conselhos abaixo.

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1 – Pode as partes secas ou murchas, de fora para dentro;

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2 – Introduza os vasos e/ou jardineiras de barro em recipientes com água e deixe até não saírem mais bolhas de ar (cerca de dez minutos). Assim o torrão ficará úmido;

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3 – Tire os vasos da água, deixe escorrer e coloque uma camada de cascalho, casca de pinheiro ou palha na superfície dos vasos, para evitar que a água evapore do substrato;

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4 – Coloque as plantas em um lugar de sombra e longe de correntes de ar. Procure deixar grupos de vasos juntos para criar um canto de ar fresco;

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5 – Borrife as folhas, os caules e os ramos com água, várias vezes por dia, para hidratá-los;

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6 – Retome as regas habituais, mas não coloque adubo nas plantas até elas voltarem a ter um bom aspecto.

Uma dica: Você pode evitar golpes de calor agrupando plantas de tamanhos diferentes para que uma faça sombra na outra, e afofando a terra da superfície para preservar a umidade.

Nos vegetais, a perda d’água sob forma de vapor é denominada de transpiração. A seiva bruta, que sobe da raiz às folhas, é uma solução extremamente diluída de matérias minerais. Penetrando no interior da planta, acarreta a entrada de quantidade maior do que as necessidades do vegetal. Através da folha, pela transpiração, a planta consegue eliminar o excesso, facilitando assim a circulação da seiva.

Todas as superfícies permeáveis da planta em contato com o ar podem transpirar, mas a atividade maior está nas folhas, pois estas possuem os estômatos que agem como controladores da transpiração e são aberturas microscópicas existentes na epiderme foliar ou caulinar, que se abrem internamente em canais aeríferos e permitem as trocas gasosas necessárias à vida das plantas. Os estômatos encontram-se mais freqüente-mente só do lado inferior da folha, que é mais protegido contra os raios solares encontra o vento.

A transpiração da planta varia de acordo com alguns fatores ambientais como a temperatura (muitas plantas nas horas mais ensolaradas do dia, fecham completamente seus estômatos para evitar distúrbios que podem ocorrer de uma transpiração excessiva), a luz (diminui muito quando está escuro) e a umidade do ar.

Até mesmo as correntes de ar que passam sobre a superfície das folhas podem influir, ativando a transpiração duas a cinco vezes mais do que em atmosfera calma. Conforme a espécie, as herbáceas que têm o porte e a consistência de erva, por exemplo, transpiram mais. A idade da planta também influencia na transpiração, variando muito de acordo com a fase em que ela se encontra, se em crescimento ativo, etc.

Esses fenômenos são facilmente verificados em terrários de vidro. As paredes do recipiente tornam-se embaçadas. As gotas condensadas que ali escorrem, são da água perdida pela planta sob a forma de vapor. A quantidade de água que as plantas perdem durante a transpiração é enorme. Para se ter uma idéia, basta extrairmos uma plantinha do solo e verificarmos logo depois de alguns minutos: ela estará completamente murcha.

A Bétula, que possui mais ou menos 200.000 folhas, é capaz de transpirar de 60 a 70 litros diários, quantidade que pode subir se as condições forem favoráveis, para até 400 litros. Um pé de milho, durante seu ciclo vegetativo (três meses) transpira 200 litros de água. Algumas plantas, ao invés de transpirar sob a forma de vapor, suam, eliminando água em abundância através de estômatos aqüíferos, ou pelas aberturas, ou pelas pequenas lacerações no caule e nas bordas, ou pela ponta das folhas,fenômeno denominado sudação.

Na Calocasia antiquorum, da família das Aráceas, a sudação é muito ativa, chegando cada folha a eliminar 180 gotas por hora. Ao fazer-se um corte no caule de alguns vegetais, como no da videira, na dália ou no fumo, a água escorre em abundância, ocorrência denominada botanicamente de lágrimas ou choro das plantas.
A Caesalpinia pluviosa dos trópicos verte água de tal modo, que parece chover ao seu redor. A popular Agave americana, durante o dia, deixa escorrer do broto terminal um suco muito abundante. A água que goteja das folhas nem sempre é muito pura, podendo conter matérias orgânicas e minerais. Podemos notar em certos vegetais como nas Saxifragáceas (hortênsia, falso jasmim) ou nas Plumbagináceas (bela-emília, lavanda-do-mar) que o líquido eliminado encerra grande proporção de calcário, o qual, ao evaporar-se, forma uma crosta cristalina nas folhas. Fisiologistas têm observado em seus estudos e pesquisas que os vegetais possuem uma faculdade reguladora do processo respiratório bastante influente, maior até do que os dispositivos protetores que existem nas suas superfícies, como pêlos, presença de cera, enrolamentos de folhas, estômatos, etc.