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floresta- tropical

Florestas tropicais e sub-tropicais são biologicamente as mais ricas em diversidade do planeta. Plantas, fungos, animais e microorganismos convivem em perfeito equilíbrio. Porém ocupam somente 5% da superfície seca terrestre. Estas florestas são o lar da metade do número de organismos que dividem o planeta conosco.

A população mundial pulos de 2,5 bilhões em 1950 para 6 bilhões, 50% nos últimos 25 anos. Nosso nível de vida, nossas expectativas de vida aceleram dia a dia a destruição da terra.O caráter da atmosfera mudou, solos e áreas agricultáveis estão sendo degradadas, perdendo grande parte de sua fertilidade. A extinção se acelera acima dos níveis aceitáveis e imagináveis. Apenas minúsculos fragmentos de florestas nativas sobrarão.

Os seres não terão sucesso em reduzir os níveis de destruição, esperando por soluções milagrosas. Porém individualmente como consumidores, visitantes, políticos e leitores ou simplesmente como amantes da natureza, rapidamente, muita coisa poderá ser feita, com grandes resultados.

A natureza merece cuidados, nestes tempos muito se fala pouco se faz.
Somente cabe a nós  a decisão. Cada um por si deve fazer a diferença…, para que os nossos filhos também não nos perguntam, porque não fizemos nada.
Portanto defenda a natureza, não polua, colecione plantas, o benefício será somente seu.

Jardins

O cotidiano de um jardim além dos cuidados com a manutenção, requer observação, pois o excesso de cuidados, pode causar tanto mal quanto a sua falta. É comum, as pessoas extremamente cuidadosas, causarem danos as suas plantas com excesso de adubação ou regas. Para manter um jardim sempre vigoroso, basta alguns critérios básicos, como os descritos a seguir:

Qual deve ser a freqüência das regas? No outono e inverno, regue as plantas 1 ou 2 vezes por semana aos finais de tarde, sendo o suficiente. Já na primavera e verão, as regas devem ser feitas a cada 2 dias. Mas, com as atuais mudanças climáticas não nos permitem conceitos rígidos, e de modo geral, basta saber que o solo deve manter-se sempre úmido e sem encharcamentos. Tudo vai depender do clima da região. Para saber se a planta precisa ou não de água, encoste o dedo no solo para sentir sua umidade.

E a limpeza, o que deve ser feito? As principais tarefas são retirar as folhas secas e restos vegetais. Apesar de estético, faz com que retiremos parte do que seria a matéria orgânica do próprio jardim. Nesses casos, não podemos nos esquecer da reposição com húmus ou composto orgânico.

Qual deve ser a regularidade das podas? As podas, quando necessárias, devem ser feitas com regularidade anual, tanto quanto em arbustos e árvores, principalmente quando desejamos conduzir esteticamente, salvo as plantas de crescimento vigoroso que precisam de uma maior freqüência. A melhor época de se fazer uma poda é quando as plantas estão em dormência, ou seja, quando esta não apresenta brotos de inflorescência, flores ou frutos. Na maioria das plantas, isto ocorre no inverno, mas há muitas exceções.

O que se deve saber sobre controle de pragas e doenças? Sempre que possível, é interessante observar o aspecto geral das plantas. Fique atento nos seguintes casos: manchas escuras ou amarelecimento das folhas, assim como furos e folhas retorcidas, é preciso atenção redobrada. Outro fator importante é a observação do surgimento de colônias de insetos. A melhor maneira de se evitar este tipo de problema é a catação manual ou a retirada da parte afetada, com limpeza do local utilizando um pano macio embebido em álcool. Existem alguns inseticidas a base de toxinas naturais, como macerados de urtiga, fumo, etc., ou fungicidas, como a calda bordaleza e sulfocálcica, que podem ser tanto utilizadas no controle aplicado após a limpeza, como na preservação ao ataque das pragas, aplicada a cada 15 ou 30 dias, conforme o suposto risco de infestação.

O que é a adubação de manutenção? A adubação de manutenção num jardim, apesar de necessária, não pode ser excessiva. Deve ser efetuada em um período mínimo de seis meses, utilizando-se os seguintes componentes: 2 Kg/m2 de composto orgânico ou húmus, 150 g/m2 de NPK 10. 10. 10, 75 g/m2 de farinha de ossos. Lembre-se que a observação é um fator importante.

Quais são as pragas mais comuns? Existe uma infinidade de seres caracterizados como pragas, muitas vezes também transmissores ou causadores de doenças, podemos destacar: Ácaros são pequenas arranhas que sugam a seiva das folhas, provocando a murcha e a queda das mesmas; cochonilhas são pontinhos brancos ou avermelhados que ficam grudados na planta e sugam as folhas e talos; pulgões são pequenos piolhos verdes, brancos ou pretos, que sugam as folhas impedindo a fotossíntese; formigas cortadeiras atacam vários tipos de plantas, cortando e carregando as folhas; lagarta das folhas são comedoras das folhas; tatuzinhos comem as plantas novas; caracóis e lesmas comem folhas tenras de plantas rasteiras; tiririca é uma erva daninha de difícil erradicação, nasce em qualquer tipo de terreno, principalmente em meio de gramados, e alastrasse com facilidade.

Quais as doenças mais comuns? As doenças provenientes de fungos ou vírus são de difícil identificação, pois geralmente os sintomas são muito parecidos. As doenças mais comuns são: antracnose, podridão, ferrugem e galhas. E os sintomas podem ser: folhas que apresentam áreas necrosadas e manchas escuras, tornando-se retorcidas; os frutos apodrecem e as folhas apresentam uma fina camada preta, chamada fumagina; na parte inferior do caule próximo ao solo, surge uma goma escura, amarelando as folhas e matando-as; manchas redondas nas folhas, frutos, ramos e botões, causando grande perda na produção com a queda dos frutos; e manchas na cor verde-oliva nas folhas, frutos e a sua deformação.

quaresmeira Tibuchina

(Quaresmeira tibuchina granulosa. Árvore de pequeno a médio porte, de grande beleza quando apresenta suas flores roxas, e por isso muito utilizada em paisagismo urbano. Normalmente inicia a floração entre Fevereiro e Março, e algumas árvores mantêm a floração até o mês de Maio.)

Na hora de adquirir mudas de árvores e arbustos para sua casa, procure selecionar plantas que estejam adaptadas em vasos ou em jacazinhos, evitando os exemplares em sacos plásticos. Neste último caso, escolha apenas espécies bastante novas, cujas raízes ainda não se desenvolveram muito para ficarem danificadas pela compressão da embalagem.

A vantagem de comprar uma planta em recipiente reside no fato de que você poderá transplantá-la no momento mais propício para aquele gênero. Faça uma pesquisa entre viveiristas ou comerciantes de plantas ornamentais e somente adquira seus exemplares onde tiver certeza da qualidade oferecida. Procure comprar as plantas logo que são oferecidas à venda. Assim, poderá selecionar entre o lote todo, em vez de levar apenas o que sobrou.

Quando comprar – Em teoria, você pode obter plantas envasadas em qualquer época do ano, para replantá-las quando quiser. No entanto, conforme as espécies, há períodos em que se dispõe de fatores importantes para julgar o desenvolvimento e o viço dos exemplares.

Os arbustos floríferos, a exemplo da camélia, da hortênsia, da azaléia e da rosa, devem ser adquiridos no momento exato em que começam a florir, estando com algumas flores abertas e vários botões. Assim você sabe o que está comprando, em termos de cor e de aroma.
As camélias florescem desde o inverno até a primavera; a hortênsia e a rosa, no verão; e a azaléia, desde o inverno até meados ou fins da primavera.

As espécies arbustivas de folhas permanentes e as que se destacam por sua folhagem devem ser compradas no final da primavera ou no início do verão, quando mostram seu melhor viço. Nesse caso incluem-se as coníferas (e suas formas anãs), a fátsia, o louro, as iúcas, as palmeiras e todas as formas de dracenas ou outras espécies de porte mais encorpado, notáveis por sua bela folhagem. Tanto no inverno rigoroso como durante um verão muito quente, essas plantas podem apresentar danos irreversíveis, quando adquiridas de comerciantes desleixados, que não atendam às necessidades de proteção ou de regas dos exemplares. Dependendo do estado da planta, talvez ela nunca mais se recupere.

Arbustos de folhagem caduca também devem ser conseguidos na primavera ou início do verão, quando estão cheios de folhas, para você ver o que está comprando e escolher o melhor exemplar.

Pontos a considerarObserve se o composto está úmido. Caso esteja ressecado, isso pode resultar na queda de folhas e de botões florais e, para plantas como camélias, azaléias e coníferas, talvez signifique a morte. As mudas nunca devem estar soltas no recipiente, mas bem enraizadas e estáveis.

Despreze as plantas com uma massa de raízes escapando pelo furo de drenagem são exemplares que ficaram muito tempo no mesmo vaso, sem os cuidados adequados. Também podem mostrar sinais de carência de nutrientes, como folhas amareladas ou avermelhadas.

Evite as folhagens que exibam marcas amarronzadas nas folhas ou nos bordos. Isso pode significar o resultado de falta de regas, exposição a ventos ou doenças. As coníferas com muita folhagem amarronzada na base e/ou de um só lado quase certamente estão sofrendo de alguma doença provocada pelo solo.

Os arbustos que não apreciam calcário, como camélias e azaléias, devem exibir um colorido verde. Se estiverem amarelando, talvez sofram de clorose uma carência de ferro causada pela presença de calcário no solo. Quando apresentarem esse problema, evite-os, pois sua recuperação revela-se difícil.

Os botões florais devem estar saudáveis, sem nenhum sinal amarronzado. Repare também se estão firmes e eretos. Quando se mostrarem pendentes, isso significa que estiveram sujeitos a correntes de ar frio ou lhes faltou água.

Nem pense em adquirir uma planta em vaso cheio de ervas daninhas, pois será um problema a mais para seus outros exemplares. Ervas daninhas multiplicam-se mais depressa do que sua capacidade de exterminá-las.
Não cogite em comprar uma planta com praga, mesmo que seja apenas pulgão. Qualquer tipo de infestação pode se alastrar com muita rapidez e você talvez até perca o exemplar.
Da mesma forma, despreze as plantas que revelarem sinais de doenças como míldio (manchas parecidas com pó branco nas folhas e pontas dos ramos), mofo cinzento (flocos acinzentados nas flores) ou pintas pretas (pontos pretos nas folhas das roseiras). Quando isso acontecer com as espécies que você já possui, há sentido em combater o mal. Mas nunca adquira exemplares doentes. Verifique se as coníferas estão firmes em seus recipientes.

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O surgimento de bolor indica ação correta dos fungos do bokashi, responsáveis pelo fornecimento de fósforo e nitrogênio às plantas

Disseminado entre produtores e colecionadores de plantas como um produto milagroso, o bokashi vem conquistando cada vez mais adeptos no Brasil. “O nome em japonês significa farelos fermentados, indicando a composição do famoso adubo”.
Trata-se de um composto orgânico feito com diversos tipos de farelos de cereais como arroz, trigo e soja, fermentados por microorganismos benéficos que fornecem diversos tipos de micro e macronutrientes à planta. A partir dessa composição básica, cada produtor pode acrescentar diversos ingredientes, a fim de encontrar o produto ideal para cada tipo de cultura. Há bokashi para orquídea, bonsai, bromélia, hortaliças e plantas ornamentais, sendo que cada composição procura fornecer à planta o que ela mais precisa.

Foram feita experiências com diferentes misturas a 12 anos e há dois processos diferentes de fabricação. No método aeróbio, os farelos misturados passam pelo processo de fermentação ao ar livre. Nesse caso, além da produção de mau cheiro, a dispersão de nitrogênio é muito grande. Ele defende o uso do processo anaeróbio, no qual a mistura fica acondicionada em sacos plásticos resistentes que retêm o nitrogênio.

Além de funcionar como adubo, o produto também tem ação fungicida. Os microorganismos benéficos incorporados impedem a proliferação dos fungos que causam doenças nas plantas. Outra grande vantagem é o baixo custo do bokashi em relação aos produtos químicos à base de nitrato, os famosos NPK. 1.000 litros do bokashi custam por volta de R$ 130,00.

Composição do bokashi tradicional
50% de farelo de arroz
20% de farelo de soja
15% de casca de arroz carbonizada
10% de farelo de trigo
Para cada tonelada do produto deve-se adicionar:
1,5 l de água
1,5 kg de açúcar cristal ou mascavo
1,5 l de microorganismos favoráveis (EM)
10 g de sulfato de potássio diluído em água

Como fazer – Apesar de parecer simples, a produção do bokashi é lenta e cheia de detalhes. Primeiramente, devem-se misturar os farelos de arroz, trigo e soja com a casca de arroz carbonizada, até que fiquem bem homogêneos. O carvão é muito importante para o controle da acidez, Em seguida, adiciona-se a água, com pH 5,5. Não é recomendável o  uso de água de torneira, mas, caso essa seja a única opção, aconselha-se que permaneça em um recipiente até o cloro evaporar. Em seguida, acrescentam-se os temperos: açúcar cristal ou mascavo, sulfato de potássio e o EM (microorganismos eficazes) diluído em água. Para finalizar, coloca-se uma pequena quantidade de lactobacilos. O composto é misturado e, antes de embalar, é preciso conferir sua consistência, que não pode ser muito pastosa. O ponto ideal é quando conseguimos modelá-la com as mãos sem que libere água.

Aliado ao baixo custo do produto, a dificuldade do processo faz com que as pessoas prefiram comprar o produto industrializado, vendido em casas de artigos para jardinagem, orquidários e lojas de produtos naturais.

O acondicionamento é um passo muito importante. É recomendável o uso de sacos resistentes , como os de ração para animais, que não podem ter furos. Após ensacar a mistura, aperte bem a embalagem para retirar o máximo possível de ar e deixar o produto bem compactado.
Feche a boca do saco com fita adesiva, vedando, também, os possíveis furos. A partir da embalagem, mantenha o produto fechado por vinte dias em local seco e longe de animais. Por ser fonte protéica, cães, gatos e outros bichos podem ingerir a mistura.
Quando for abrir o saco, certifique-se de que ele libera um leve odor de álcool, sinal que a fermentação teve êxito, e de que contenha bolor por cima, indicando ação correta dos fungos. São eles que vão liberar o fósforo e nitrogênio para as plantas. Ao aplicar nos vasos, verifique se o mesmo bolor é formado.

Como usar? O bokashi é um adubo de liberação lenta, que deve ser aplicado a cada quatro ou cinco meses.Durante esse período, o produto libera o nutrientes aos poucos. Um cuidado importante na manutenção é evitar o uso de fungicidas bactericidas. O segredo da composição é a presença do microorganismos. Ao aplicar produtos de combate, eles serão dizimados e o adubo perde seu efeito.

No momento de aplicar, não exagere na dose. Meia colher de sopa, colocada na borda do vaso, longe da planta, é mais do que suficiente para o bom desenvolvimento. Usar quantidade maior do que a indicada pode deixar as folhas amarelas e, em casos mais graves, culminar na perda do exemplar. Não se deve usar o produto no período de floração.
A única desvantagem do bokashi é o eventual aparecimento de lesmas. Fique atento aos sintomas, como brotos e folhas comidas.

Microorganismos eficazes – EM é a sigla para microorganismos eficazes. A emulsão produzida pelos adeptos da Igreja Messiânica, reúne 116 tipos de microorganismos benéficos que ajudam no desenvolvimento saudável das plantas.

Pode ser encontrada na fundação Mokjti Okada. Contato: fmo@fmo.org.br ou (11) 5087 5009.