“Bon” significa bandeja ou recipiente; “sai” é um substantivo cujo significado é crescer, e a palavra bonsai expressa o cultivar uma árvore em um vaso. A ênfase desta palavra reside no duplo ato de viver e crescer. Por isso, para ser considerada um bonsai, a planta precisa representar a árvore como ela é na natureza.
Com origens chinesas, foram os japoneses que aperfeiçoaram a arte do bonsai que significa, literalmente, “árvore num vaso”. O objetivo é criar e manter num vaso, com recurso a métodos e técnicas muito específicas, uma árvore miniatura. Considerada uma atividade muito zen, aprenda os primeiros passos para tornar o bonsai no seu passatempo preferido!
As plantas mais próximas do dia-a-dia dos japoneses são o bambú (take), a ameixeira (ume), a cerejeira (sakura) e o pinheiro (matsu). O bambú é utilizado na alimentação (os brotos são comidos e as folhas são utilizadas para cobrir outros alimentos), na confecção de inúmeros objetos utilitários e de decoração e, no passado, servia de material de construção. Da ameixa se faz o umeboshi – uma conserva que acompanha quase todas as refeições.
As cerejeiras são o centro das atenções em um ritual bastante popular no Japão que consiste em contemplar suas flores, no início da primavera. Esse costume tem o singelo nome de hana mi, “olhar as flores”. Todos os anos, no mês de abril, os japoneses deixam suas atividades de lado e se aglomeram nos parques, simplesmente para ver as árvores floridas. Muitos chegam a pernoitar para garantir um posto privilegiado.
Procura-se respeitar a forma original dos elementos, cortando-se uma ou outra folha para que o conjunto seja harmonioso ao combinar cores, altura, largura de cada elemento, assim como o formato e tom do vaso. Essa arte existe desde o século XVI e, com o tempo, foram desenvolvidos cerca de três mil estilos diferentes de Ikebana para retratar esse universo.