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Algumas revistas brasileiras têm trazido a novidade do uso de casca de arroz semi carbonizada, no plantio de orquídeas epífitas e mesmo terrestres usando-a como substrato único ou misturado com outros tipos de substratos como coco desfibrado. Informa-se que a palha de arroz é rica em sílica e na forma semi carbonizada tem maior durabilidade, resistente a fungos e por não compactar-se facilmente, permite boa aeração para as raízes de nossas orquídeas.

Quando o arroz é colhido e retirado o grão, a casca é jogada fora ou levada pelo vento causando sérios danos à natureza e ao meio ambiente.

No entanto, este comportamento tem mudado, uma vez que estudos comprovam as propriedades da casca de arroz carbonizada no plantio de sementes, enraizamento de estacas e plantio de mudas.

Altamente rica em silício após a combustão protege as plantas contra doenças de origem fúngicas, além de apresentar outras características físicas e químicas: capacidade de retenção de água, sais solúveis, nitrogênio e potássio.

Foi constatado que com a casca do arroz, o índice de doenças é 30% menor do que o registrado com a fibra do xaxim. Ao serem carbonizadas seu volume reduz em quase 50% e podem ser usadas com outros substratos, como a fibra de coco, casca de pinus, vermiculita, turfa, sfagnum, etc. Em plantas ornamentais a casca de arroz carbonizada pode ser adicionada à terra vegetal, húmus de minhoca ou outros.

Outras vantagens são: apresentam boa drenagem e ausência de plantas daninhas, nematóides e patógenos.


Plantas de interior: Nephrolepis exaltata

A escadinha do céu é uma planta herbácea, rizomatosa, com folhas longas (frondes) subdivididas em folíolos lisos e retilíneos. De coloração verde clara, ela apresenta aspecto compacto, com frondes novas semi-eretas e as mais velhas pendentes. Normalmente formam touceiras volumosas, demonstrando sua bela textura.

Fez e faz muito sucesso na decoração de interiores, sendo uma das plantas ornamentais mais vendidas no Brasil. As cultivares atuais, vendidas em supermercados e floriculturas são resultantes de melhoramentos genéticos realizados na cidade de Boston, nos Estados Unidos. Há dúzias de variedades e elas podem ser muito variadas no tamanho, rusticidade, aspecto, cor e textura, entre outras características.

Esta samambaia é utilizada em vasos e jardineiras suspensas, protegidas por coberturas, como em varandas, salas de estar, terraços. Comumente é plantada em vasos de xaxim, fato este condenável atualmente, devido ao perigo de extinção do xaxim.

Algumas alternativas estão sendo estudadas em substituição a este substrato, como os vasos de fibra de coco, por exemplo. No entanto, os apreciadores das samambaias e outras epífitas, afirmam que estes substratos ainda não apresentam as mesmas qualidades do xaxim.

Com certeza, em pouco tempo a ciência chegará a fórmula do substrato ideal, e ecologicamente correto. Até lá, é nosso papel respeitar o xaxim e experimentar novos substratos e combinações.

A iluminação ideal para as escadinhas-do-céu é a meia-sombra, mas também podem receber iluminação indireta, difusa. São plantas rústicas e que não gostam de frio intenso, mas são capazes de tolerar o clima subtropical. Os vasos devem ser irrigados com freqüência, porém devem ser bem drenados.

A alta umidade do ar também as favorece, e pulverizações periódicas são importantes principalmente quando o tempo está seco. Fertilizações foliares, ricas em nitrogênio, a cada 15 dias contribuem para um verde sempre vibrante.

Sua multiplicação é feita por divisão das touceiras, preservando frondes, rizoma e raízes em cada muda. Crescer as mudas novas em estufas.

água


Fungos

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Durante muito tempo, os fungos foram considerados como vegetais e, somente a partir de 1969, passaram a ser classificados em um reino à parte.

Os fungos apresentam um conjunto de características próprias que permitem sua diferenciação das plantas: não sintetizam clorofila, não tem celulose na sue parede celular, exceto alguns fungos aquáticos e não armazenam amido como substância de reserva.

A presença de substâncias quitinosas na parede da maior parte das espécies fúngicas e a sua capacidade de depositar glicogênio os assemelham às células animais.

Os fungos são seres vivos eucarióticos, com um só núcleo, como as leveduras, ou multinucleados, como se observa entre os fungos filamentosos ou bolores.

Seu citoplasma contém mitocôndrias e retículo endoplasmático rugoso.

São heterotróficos e nutrem-se de matéria orgânica morta – fungos saprofíticos, ou viva—fungos parasitários.

Suas células possuem vida independente e não se reúnem para formar tecidos verdadeiros.

Os componentes principais da parede celular são hexoses e hexoaminas, que formam mananas, ducanas e galactanas. Alguns fungos têm parede rica em quitina (N-acetil glicosamina), outros possuem complexos polissacarídios e proteínas, com predominância de cisteína.

Fungos do gênero Cryptococcus, como o Cryptococcus neoformans apresentam cápsula de natureza polissacarídica, que envolve a parede celular.

Protoplastos de fungos podem ser obtidos pelo tratamento de seus cultivos, em condições hipertônicas, com enzimas de origem bacteriana ou extraídas do caracol Helix pomatia.

Os fungos são ubíquos, encontrando-se no solo, na água, nos vegetais, em animais, no homem e em detritos, em geral. O vento age como importante veiculo de dispersão de seus propágulos e fragmentos de hifa.


Cientistas estão comprovando que assim como diversas espécies de animais, as plantas também sabem demonstrar suas preferências na hora de escolher um parceiro para a reprodução. Geneticistas da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, descobriram que as flores simplesmente “agarram seus escolhidos”.

Isto tudo acontece nos estigmas — que são a entrada do órgão sexual feminino das flores. Eles conseguem identificar, entre a chuva de pólen que os insetos polinizadores e os ventos derrubam sobre ele, e os grãos que pertencem à sua espécie.

Estes são agarrados com todas as forças, enquanto os grãos de outros vegetais, depositados ali por acidente, ficam tão soltos que acabam caindo.

Os cientistas não sabem ainda como as flores dão um abraço tão firme. Mesmo olhando pelo microscópio eletrônico, não dá para ver nenhuma ranhura que facilite o encaixe entre estigma e pólen. Mas, segundo geneticistas, a pesquisa deve ajudar a criar plantas híbridas com maior facilidade.

Há ainda uma espécie oriental de orquídea – a Holcoglossum amesianum – que consegue fertilizar a si própria, a planta não depende de insetos ou de vento para a polinização, desenvolve a parte masculina de sua flor para se encaixar na feminina.

Cientistas chineses afirmam que a planta é capaz de se fertilizar sem uso de fluidos viscosos, como ocorre em outras plantas auto-polinizadoras. Trata-se de um método de inseminação até agora desconhecido. Foram analisados mais de 1.900 exemplares da espécie, que floresce na primavera em troncos de árvores da província de Yunnan.

A orquídea não possui perfume nem néctar, porque a polinização não ocorre entre indivíduos diferentes.