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Botânica – A celidónia é uma planta herbácea vivaz, da família das Papaveráceas (a mesma das papoulas), que atinge entre 30 a 70 cm de altura e tem os caules cobertos de “pêlos”. Floresce nesta altura do ano e tem flores pequeninas que aparecem em grupos de 2 a 6, e os seus frutos são cápsulas com cerca de 5 cm, com pequenos apêndices brancos ricos em óleo, que lhes servem para que as formigas os dispersem .

Nome cientifico: Chelidonium majus L. Género: Chelidonium

Nome popular: erva-andorinha , erva-das-verrugas , quelidónia , quelidónia-maior , ceruda

O porquê desse nome, é que a seiva da celidónia é muito invulgar… quando se corta qualquer parte desta planta, ela liberta um látex de cor amarelo-alaranjado que faz lembrar uma tintura.

Propriedades medicinais: Foi por volta do séc. I d.C. que Discórides, reparou que as andorinhas usavam esta planta para tocar nos olhos dos filhotes, facultando-lhes a vista. Curiosidade desperta, e foi um passo para que estudos fossem feitos acerca da celidónia.

O látex que se desprende de toda a planta contém, cerca de 10 alcalóides dos quais o mais ativo é a quelidonina. Tem propriedades coleréticas (que aumenta a quantidade de bílis segregada pelo fígado, facilitando a digestão das gorduras), antiespamódicas (que impede os espasmos dos órgãos ocos como o estômago, vesícula ou bexiga, evitando assim as cólicas), sedativas e ligeiramente soporíferas (indutoras do sono ).

No entanto, devido á sua toxicidade, e ao fato, de ter de ser muito bem dosada, o seu uso generalizou-se mais por via externa, por não apresentar tantos riscos.
A seiva da planta pode aplicar-se diretamente na pele, sobre a zona afetada, desde que não hajam feridas abertas.

Tem propriedades antimitóticas (que impede a divisão (reprodução) de células, por exemplo, cancerosas ), é por isso muito usada para tratar calosidades e verrugas; e é antivírica, revelando bons resultados nos casos de herpes mesmo os mais difíceis de tratar.

Habitat e cultivo: Gosta de solos ricos em nutrientes, e crescem geralmente em muros úmidos e sombrios, escombros e beiras do caminho.

É uma planta originária da costa Mediterrânica, que se encontra naturalizada na América do Norte e em toda a Europa. Em Portugal encontra-se quase por todo o país, do norte ao sul.

Esta espécie mexicana , “rusticamente” falando , é uma versão maior da C. ígnea. Chamam-lhe de planta dos cigarros. Seu nome é Cuphea ignea e pertence á família das Lythraceae. É mais resistente que a maioria das cupheas, suportando temperaturas e geadas muito ligeiras desde que ocasionais.
O seu habitat natural são as beiras dos riachos do sul do México, mas cresce muito bem em solos normais.

Botânica: O gênero Cuphea é originário das Américas, Central e do Sul e engloba em si cerca de 250 espécies destes pequenos arbustos. Mais particularmente, a Cuphea ígnea chega-nos do México e Jamaica.

Algumas são plantas anuais, outras perenes, semi-arbustos ou arbustos, mas quase na sua maioria, partilham o fato de serem relativamente pequenos (geralmente têm cerca de 1 metro de altura) e por terem caules flexíveis e folhas pequeninas.
As suas flores têm um cálice tubular e comprido, com pétalas circulares e com cores que podem variar desde o vermelho, laranja e rosa até ao branco, consoante as espécies.
Floresce quase durante o ano todo, exceto nos meses mais frios de Inverno.

Curiosidade:
O seu nome “ignea” vem do latim e significa fogo. São flores muito ricas em néctar, principalmente a C. ígnea e a C. micropetala atraindo beija-flores e borboletas para o jardim.
Das suas sementes é extraído um óleo rico em triglicérides de cadeia media, com aplicações similares ás do óleo-de-coco e óleo-de-palma. A vantagem desta fonte é que cresce em locais onde os dois últimos não se desenvolvem.
Existe quem lhe chame flor de santantoninho ou flor-de-Santo-Antônio, é que se virarmos a flor ao contrário, ela se assemelha á imagem desse santo, com as suas vestes compridas e corte de cabelo redondinho.

Cultivo:
Prefere solos úmidos e bem drenados, sol ou sombra ligeira e no Inverno não resiste ás geadas.
Convém também ter alguma proteção contra ventos fortes, já que se trata de uma espécie com caules fracos.
Ter cuidado também, com o sol demasiado forte, pois poderá queimar as pontas das folhas com relativa facilidade.
Se por acaso lhe acontecer, que a sua planta esteja a ficar com poucas folhas e flores, ou com caules demasiado altos (estiolados) coloque-a em um local com mais luz e corte-lhe a pontinha dos ramos, de maneira a que fique mais compacta. Propaga-se muito bem por sementes ou através de rebentos herbáceos.

regador6

DSC_1323tulipiferaEsta árvore do gênero Liriodendron pertence á grande família das magnólias (Magnoliaceae ) .

Até cerca de 1875 os botânicos acreditavam que a Liriodendron tulipifera era a única espécie existente dentro deste gênero. Nessa altura, uma nova planta foi descoberta na China, hoje chamamos-lhe L.chinense e a maioria dos especialistas nomearam-na como sendo mais uma nova espécie. (apesar de alguns acharem que se trata antes de uma nova variedade). Têm ambas uma característica muito própria, que é o facto de possuírem folhas com 4 lóbulos, o que as distingue facilmente de outras árvores.
Esta espécie, a Liriodendron tulipifera é originária dos Estados Unidos, a este do Rio Mississipi. Podemos encontrá-la desde o estado de Illinois, passando por New England até ao sul da Florida e Louisiana. Das espécies de árvores nativas dos U.S. é uma das maiores e mais bonitas, talvez por isso foi escolhida para representar os estados de Indiana, Kentucky e Tennessee.

Botânica: É uma árvore com um crescimento muito vigoroso; exemplares que crescem nas florestas virgens das Appalachian Mountains (um sistema de montanhas na zona oriental da América do Norte) são conhecidos por alcançarem mais de 50 metros de altura. Trata-se por isso de uma espécie pouco adequada a quem tem um jardim pequeno.

Existem da espécie L.tulipifera 2 variedades: a “Aureomarginatum“, com folhas marginadas de amarelo e a “Fastigiatum” (uma variedade premiada em jardinagem) com um porte mais ereto e que cresce apenas até cerca de metade do que as suas congêneres.
As suas características folhas, parecem ter sido cortadas nas pontas com uma tesoura, são diferentes de todas as outras e por isso facilmente identificáveis, além disso as flores que aparecem por volta de Maio/ Junho fazem lembrar uma tulipa (e tal como no bolbo, crescem solitárias na ponta dos galhos da árvore), fazendo jus ao nome comum que lhe foi atribuído. Quando é chegado o Outono as suas folhas transformam-se em tons de amarelo dourado.

Cultivo: Esta árvore cresce muito bem em solo fértil e ligeiramente ácido e em climas temperados com algum sol ou sombra parcial; tal como nas florestas, onde se protegem umas ás outras, dos ventos agrestes e do sol em demasia
Podemos propagá-la através de semente, que aparece em cápsulas castanhas e cônicas após as flores. As sementes, são facilmente dispersas pelo vento e conseguem “viajar” por vezes cerca 4 a 5 vezes a altura da árvore-mãe, para além disso, podem permanecer viáveis por cerca de 5 a 6 anos. Fatos, que abonam muito a favor, da conservação desta espécie.

Plante as suas sementes no Outono, assim terá uma bela plantinha quando chegar a Primavera. Se por outro lado, decidir esperar até á Primavera para fazer a sementeira, o mais provável é que só tenha uma nova planta passado um ano .
Se preferir poderá ainda usar a estaquia, que resulta igualmente bem.
Alguns conhecedores referem alguma dificuldade no transplante, poderá até nem acontecer, mas se tiver dificuldades não desanime pois não será certamente o único caso. Perseverança …. e vai ver que conseguirá em pouco tempo uma bonita árvore.

Ruellia_makoyana

Esta planta pertencente á família das Acantáceas é originária da América do Sul mais precisamente Brasil.
É uma herbácea de porte pequeno, cerca de 20 cm, mas se a colocar num vaso suspenso os seus ramos pendem conforme vão crescendo e a beleza das suas folhas riscadas é o suficiente para chamar a atenção.
Este gênero – Ruellia – compreende cerca de 790 espécies, uma miríade de formas e feitios que em nada se ficam atrás desta espécie.

Cultivo: É fácil de cultivar, não necessita de adubação em especial, basta um bom substrato de turfa que se acha em qualquer loja da especialidade, um lugar sombreado e atenção nas regas para não secar demasiado.
Esta planta ao contrário de algumas, parece que nos avisa quando tem falta de água, já que as suas folhas ficam murchas mas só em caso de seca prolongada elas secam por completo.

Basta regar de novo e lá voltam aquelas cores extraordinárias, diria até, que é surpreendentemente resistente para uma planta cujo aspecto é tão frágil.
Por esta altura do ano, quando ainda poucas flores se atrevem a enfrentar o frio. A ruellia fica ainda mais bonita, os ramos pendentes enchem-se de salpicos cor de rosa vivo como que anunciando o início de mais um ano de oportunidades, por isso, ânimo e boa jardinagem.

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