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dendrobium lindleyii

Os nomes latinos e populares das plantas – Os nomes das plantas são dados em latim ou grego clássico, antigas línguas usadas hoje para nomear plantas e para termos jurídicos e médicos. Uma planta nomeada assim poderá ser reconhecida no mundo inteiro, facilitando aquisições e trocas.
A cada nova descoberta os taxonomistas registram a planta e fornecem um nome, de acordo com o gênero, com detalhes de sua anatomia e para homenagem a alguma pessoa relevante.
Os nomes populares são dados pelas pessoas, muitas vezes por causa da anatomia, cor de flores ,etc. e tem função regional, variando de um lugar para o outro. A forma de dizer o nome em latim pode ser complicado em função da grafia. Por exemplo, a orquídea Laelia, pronuncia-se Lélia.

Os recipientes de cultivo de orquídeas – Seu crescimento não “caminha” como nas simpodiais. Para estas o vaso melhor é o que tem a boca mais larga. Colocando-se a planta bem na borda com o ponto de crescimento virado para o meio poderá usar por longo tempo o mesmo vaso.
Para orquídeas monopodiais, um vaso comum de plástico é o suficiente por anos. Mas dada a enorme oferta de recipientes do mercado, como escolher?
Os antigos vasos de cerâmica queimada usados para orquídeas ainda continuam sendo manufaturados e oferecidos e podem ser usados. São mais pesados e ajudam a reter mais a água de chuvas ou regas, nem sempre interessante em climas úmidos, por favorecer desenvolvimento de fungos. Vasos plásticos têm longa duração, são leves e baratos.
Opções como garrafas PET cortadas, penduradas com arames ou fios de nylon de pesca, podem ser boas opções. As orquídeas também aderem a placas de coco, madeira, troncos, telhas, etc., aumentando as possibilidades e a criatividade do cultivador.
Ramos grossos apanhados no chão pelas trilhas no meio do mato, para quem dispuser deste tipo de local, são dádivas da natureza. Forma ecológica e sem custo e a planta irá se desenvolver muito bem a um tipo de apoio a que está acostumado por centenas de anos.

Substrato de cultivo para orquídeas – Como foi dito, o substrato natural é uma mistura de folhas decompostas e matéria orgânica. Poderemos usar isto? Dificilmente conseguiremos reproduzir. Mas temos algumas boas opções que têm dado certo, usando criatividade com coisas que estão ao nosso alcance.

Característica de um bom substrato: O substrato ideal para as orquídeas deve ter boa densidade, pode ser em pedaços para propiciar boa aeração e ótima drenagem. Não tem necessidade de realizar trocas nutricionais com a planta, portanto poderá ser oriundo de materiais descartados pela indústria.

A indústria madeireira e moveleira descarta madeira que poderia ser reciclada e aproveitada. – Pedaços de madeira ou cascas de árvores têm lignina, tanino e outros compostos que podem ser tóxicos para o cultivo de plantas, principalmente orquídeas. É preciso colocar em água, trocando muitas vezes, por vários dias para lavar estes componentes. São materiais naturais e com o tempo irão se decompor por ação dos microorganismos do solo, virando composto orgânico.

A utilização de argila expandida também tem sido feita com sucesso. – Para quem não conhece, são pequenas bolotas de argila cozida, muito usada para preenchimento de vasos para esconder a terra. Podem ser quebradas para melhor preenchimento do recipiente. Guardam alguma umidade e são ótimas para locais onde há problemas de baixa umidade do ar, como no centro do país.

O uso de pedaços de coco reciclado tem ganho o mercado pela sua leveza e facilidade de encontrar – Oriunda da indústria do coco seu descarte era até bem pouco tempo um problema ecológico. É poroso e leve, mas armazena boa quantidade de água, nem sempre desejável. E é necessário deixar de molho em água, trocando todos os dias para diminuir a quantidade de compostos tóxicos, como taninos e outros elementos.

A vermiculita é um mineral micáceo vendido na forma expandida, não é solúvel em água, é leve e resistente a mofos, mas muito dispendiosa. – É muito usada em mistura com pó de coco, com ótimos resultados. O substrato mais fino em textura não é bom para as raízes das orquídeas, por sufocá-las, melhor usar materiais mais grosseiros de tamanho maior.

Para locais onde a indústria tem materiais descartáveis, como sisal, piaçava, tijolos quebrados, o uso deles pode ser barato e ajudaria também o meio ambiente, diminuindo os lixões urbanos. Quando adquirimos aparelhos eletro-eletrônicos as embalagens de isopor acabam indo para o lixo. Se cortarmos este isopor em pedaços pequenos poderemos preencher fundos de vasos grandes para outras plantas, mas também para o cultivo de orquídeas.

Aonde cultivar sua orquídea – Estas plantas são oriundas de matas, sob árvores ou troncos é o seu lugar melhor. Na falta destes, poderemos construir um espaço com bancadas de madeira ou bambu, poderemos pendurar em ripados feitos de madeira, ferro de construção e tela para sombreamento.
Um muro onde haja luz e sol pela manhã, na sacada do apartamento, dentro de casa junto a janelas com boa iluminação. O lugar não é o problema nem precisa ser sofisticado. Basta que tenha luz, água e nutrientes adequados à sua espécie e o seu carinho por elas. E florescerão, para sua alegria e orgulho.

Paphiopedilum_insigne

As orquídeas do gênero Paphiopedilum são originárias das selvas da Ásia, incluindo a Indonésia. São plantas semi-terrestres que crescem em húmus e outros materiais no solo das florestas, em bolsas de húmus em encostas ou, ocasionalmente, em árvores. São plantas fáceis de cultivar em casa,  com iluminação artificial ou em estufa.

É mais fácil proporcionar a luz adequada aos pafiopédilos do que a muitas outras orquídeas. Eles precisam de alguma sombra, podendo ser colocados no interior junto a uma janela virada a este ou oeste, ou próximo de uma janela a sul sombreada. Em estufa é necessário providenciar sombreamento. No interior, a utilização de luz fluorescente tem ótimos resultados: suspender duas ou quatro lâmpadas (15 a 30 cm) acima das folhas.

Os pafiopédilos têm necessidades muito variadas no que respeita a temperatura. Tradicionalmente, estão divididos em dois grupos: os tipos de folhas mosqueadas, que necessitam de temperaturas mais altas; os tipos de folhas verdes, que apreciam temperaturas mais frescas. Há um terceiro grupo cuja popularidade tem vindo a aumentar, as espécies multiflorais de folhas estreitas e compridas, que também apreciam temperaturas mais elevadas. Para os tipos de temperatura quente, as noites devem situar-se entre os 15 a 18ºC, e os dias entre os 23 a 30ºC ou acima. Os tipos de temperatura fresca devem ter noites entre os 10 a 15 ºC e dias de 22 a 25ºC. No entanto, muitos cultivadores fornecem as mesmas temperaturas para todos os tipos de plantas com excelentes resultados. Se necessário, as plantas podem suportar temperaturas noturnas de 4ºC (se forem cultivadas no exterior nos climas amenos, por exemplo), bem como temperaturas diurnas até 35ºC. Com temperaturas baixas, deve tomar-se cuidado para prevenir o apodrecimento das plantas (manter a umidade baixa e evitar molhar as folhas e centro das plantas); com temperaturas altas, há que proteger as plantas de queimaduras solares (aumentar a sombra, a umidade e circulação do ar).

As raízes devem estar constantemente úmidas, pois estas plantas não possuem pseudobolbos. Todas as plantas do gênero necessitam de um substrato úmido – não ensopado, mas nunca seco. Regar uma ou duas vezes por semana.

A umidade deve ser moderada, entre 40% e 50%. Em casa, colocar as plantas sobre tabuleiros de cascalho umedecido, de forma a que os vasos nunca toquem na água. Em estufa, a umidade média é suficiente. Nos climas quentes, o uso de um sistema de arrefecimento por evaporação pode aumentar a umidade. A circulação do ar é essencial, principalmente com umidade elevada.

O adubo deve ser fornecido em intervalos regulares, mas deve ter-se cuidado para não queimar as raízes carnudas e peludas. Os fertilizantes com alto teor de nitrogênio (tipo 30-10-10) são aconselhados para substratos à base de casca de pinheiro. Durante o tempo quente, alguns cultivadores fazem aplicações de metade da concentração recomendada de duas em duas semanas; outros adubam em todas as regas com um quarto da dose recomendada. É importante submergir a planta uma vez por mês em água corrente para eliminar o excesso de fertilizante, pois isso pode queimar as raízes. Com temperaturas frescas, uma adubação mensal é suficiente.

O reenvasamento deve ser feito de dois em dois anos, ou quando há degradação do substrato. As plântulas e plantas jovens são frequentemente reenvasadas anualmente. Os substratos são imensamente variados: a maior parte são à base de casca de pinheiro de grau fino ou médio com aditivos variados, como perlite, areão e esfagno. É necessário que haja retenção de humidade com uma drenagem excelente. As plantas grandes podem ser divididas separando ou cortando os aglomerados em divisões de 3 a 5 rebentos. Divisões menores podem vingar, mas dificilmente florirão. Posicionar a planta no centro do vaso e distribuir as raízes sobre uma pequena quantidade de substrato colocada no fundo do vaso. Adicionar mais substrato até que este esteja 1-2 cm acima da junção das raízes com o caule. Não sobredimensionar o vaso; uma planta média deve ter um vaso de 10 a 15 cm.

Paisagismo: É uma orquídea fácil de cultivar e mesmo sem flores sua folhagem é atrativa, constituindo em belo adorno para cultivo em sacadas e ambientes internos com luminosidade.

divisa

ARUDINA

Nome Técnico: Arundina graminifolia (D. Don) Hochr.
Nomes Populares: orquídea bambu ou orquidea de jardim
Família: Família Orchidaceae
Origem: Originária da Sri lanka, Malásia

Descrição: A Arundina é a única espécie deste gênero e de origem asiática com clima tropical.

Planta herbácea perene de caule parecido com junco, formando grandes touceira de altura que pode chegar até 2,0m.
Suas folhas são estreitas e finas com até 19 cm de comprimento e com ponta aguçada.
As flores são isoladas, cor-de-rosa com o labelo em cor-de-rosa forte ou púrpura e sépalas rosadas que envolvem o caule.
Também são encontradas a Arundina graminifolia alba, de flores brancas.
Floresce da primavera ao início de outono e pode ser cultivada em todo o país.

Modo de Cultivo: Local ensolarado, solo rico em material orgânico e bem drenado. Plantar em cova com muito composto orgânico e adubo animal mas com cascas de pinus ou de coco para garantir boa drenagem.

Paisagismo: Forma touceiras e seu uso junto a muros ou paredes ensolaradas causa belo efeito, bem como em canteiros isolados.

drosera capensis

A drosera capensis, tal como a maioria das plantas pode-se multiplicar de duas formas diferentes: por flor e por multiplicação vegetativa.
Para a reprodução por flor ter sucesso, é necessário que exista polinização, que é normalmente feita pelos insetos. Como um inseto morto é inútil para este fim, a drosera capensis adopta uma estratégia muito comum entre as plantas carnívoras: manter as flores longe das folhas.

Isto é conseguido lançando um longo caule vertical, na extremidade do qual surgem as flores. O caule das flores da drosera capensis surge como uma espiral, que se desenrola até que surgem as flores. É interessante ver que as primeiras flores surgem ainda antes deste caule estar completamente desenrolado, tal como se pode ver na foto.

As flores abrem uma de cada vez, com uma duração de cerca de um dia, surgindo uma nova no dia seguinte. Deste modo, esta planta consegue manter uma flor aberta por dia, durante semanas.

Outra forma natural de reprodução é por multiplicação vegetativa. Neste caso, a planta dá origem a uma nova cópia de si mesma, que nasce a partir das suas raízes.