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vamos plantar

Quem abraçou recentemente um projeto de jardinagem, provavelmente já estudou a localização, assim como a quantidade de luz solar e de sombra que o seu futuro jardim vai receber. Em função de tudo isso, já escolheu as flores, plantas ou legumes que quer ver florescer o mais depressa possível… agora só resta plantar, por isso, arregace as mangas e mãos à terra!

Preparar o solo:

* Se ainda não preparou o solo para receber as suas plantas, há que o fazer agora! Mande analisar a sua terra ou faça você mesmo com um dos muitos kits que existem para o efeito. Um solo pode ser ácido, alcalino ou neutro e, uma vez descoberto isso, é necessário adquirir um adubo que se adeque a esse tipo de terra.
* O solo ideal deve ter uma boa camada de matéria orgânica, ou seja, dever ser rico em húmus (uma substância escura composta por folhas secas, plantas e animais mortos), seguido de terra solta e argilosa, que permite uma boa drenagem e oxigenação.
* Se o seu solo for arenoso, terá dificuldade em absorver a água e outras substâncias nutritivas, o que implica que terá de ser enriquecido com húmus ou argila. Se for o seu caso, utilize uma mistura equilibrada de terra preta e adubada com 50% de terra argilosa ou de barro. Se, por outro lado, a sua terra for argilosa, vai ter de lhe acrescentar areia do rio, nunca areia de praia.

De pá na mão:

* Com recurso a uma pá (grande ou pequena, dependendo do espaço que vai jardinar) ou até com as mãos, comece por revirar o solo (cerca de 20 a 30 cm de profundidade), partindo os bocados de terra existentes e retirando raízes, ramos, folhas ou outros objetos enterrados que não pertencem ao seu novo jardim!
* Se vai incluir um composto ou fertilizante, adicione-o ao topo do solo, criando uma camada de 10 a 12 cm que vai espalhar por toda a área a jardinar com a ajuda de um ancinho. Deixe o solo arejar e habituar-se à sua nova mistura antes de plantar.

Plantar, plantar e plantar!

* Se vai plantar sementes, é importante cavar pequenas fileiras paralelas umas às outras, mas com um espaço mínimo de 90 cm entre cada fileira. Criar o espaço ideal para um crescimento livre e pouco apertado das suas flores é algo que tem de considerar nesta fase.
* Quando em dúvida, dê mais espaço, para que uma vez floridas, não vai ter as plantas e flores todas umas em cima das outras.
* A vantagem de plantar sementes é que, por norma, as embalagens trazem todas as instruções necessárias: a melhor altura para semear, a que profundidade e com que espaçamento. A maioria exige uma profundidade de cerca de 4 cm.
* Colocadas as sementes, há que cobri-las, mas não acame, nem de mais, nem de menos, a terra à sua volta. Certifique-se apenas que esteja firme e não muito apertada. Para assegurar que a semente “pegue”, ou seja, que crie raízes e rebentos, há que manter o solo úmido.
* Se optou por plantar estacas, remova o recipiente ou embalagem em que se encontra e aconchege-as em pequenas covas escavadas na terra. Certifique-se que o pé esteja ao nível ou ligeiramente abaixo do solo que o rodeia e apóie a planta com terra suficiente para que ela se mantenha firmemente de pé. Haverá casos em que terá de remover folhas ou ramos em excesso, não tenha pena de fazê-lo porque, desse modo, as raízes terão de suportar menos peso e vão “pegar” mais fácil e mais rapidamente.

Cuidados diários

* Com as suas sementes e flores confortavelmente plantadas no novo jardim, regue-as ligeiramente e com frequência ao longo das semanas seguintes, uma fase que requer que o solo esteja sempre úmido. Quando as plantas mostrarem sinais de força e as sementes já deram sinais de vida, reduza a frequência da rega, em detrimento da água com profundidade. A próxima preocupação é assegurar que a água, em quantidade, chegue às raízes. As raízes têm de continuar a desenvolverem-se em profundidade, para suportarem a planta que, a partir de agora (e se tudo correr bem!) não vai parar de crescer, o que implica que vai precisar de todo o apoio possível na sua base.
* Nos primeiros tempos de vida, vigie a saúde das suas novas plantas e se verificar manchas amarelas nas folhas, pode ter de adicionar um pouco mais de fertilizante ao solo.
* Dentro do possível, mantenha a terra do seu jardim limpa e livre de ervas daninhas. Esteja atento aos predadores – desde insetos, lagartas e roedores – que podem prejudicar o seu espaço verde num abrir e fechar de olhos. Se tiver de recorrer a um pesticida, opte sempre pelas soluções menos tóxicas e siga as suas instruções à risca!
* Por fim, não se esqueça de desfrutar do jardim que criou e que está a ajudar a crescer… não o veja como uma tarefa tediosa, mas antes um hobby divertido e relaxante. Se entregue ao prazer da jardinagem!

cebolinho

Perfil: uma planta bolbosa cujas folhas verdes e flores azuladas esféricas têm um sabor picante a alho-porro e são ricas em vitaminas A e C. Delicioso em saladas e temperos, sabe bem ter o cebolinho à mão de semear e de colher.

Cultivo e cuidados: semeada ou envasada, o cultivo do cebolinho requer um solo rico em nutrientes e com elevada exposição solar. Na Primavera limpam-se as folhas em preparação para a nova rebentação e no Verão os cuidados prendem-se com uma rega adequada.

No Outono, esta planta pode ser retirada da terra, envasada e colocada numa janela, para continuar a desenvolver, mesmo no Inverno. A colheita deve ser moderada, uma vez que a sua folhagem é frágil e enfraquece facilmente.

ferramentas-jardinagem

Em termos de jardinagem, as novidades sucedem-se e o que poderia estar na “moda” o ano passado, pode já não estar este ano. A verdade é que o verde é intemporal, mas mesmo assim sujeito a várias tendências: conheça as top 9 novidades para o exterior da sua casa.

1. Palete de cores quentes. Tal como na decoração, também a jardinagem recorre à conjugação estética de cores para um jardim que fica na retina. Este ano, as tonalidades são quentes e condimentadas, concentrando-se em torno de cores como o laranja, encarnado, vermelhão, castanho-ferrugem e douradas;

2. Jardinagem orgânica. Com a preocupação crescente em torno do meio ambiente, também a jardinagem se torna, literalmente, mais verde. Jardinar de forma ecológica é abster-se do uso de fertilizantes com químicos nocivos, é controlar o uso da água, é fazer compostagem e cultivar os seus próprios legumes, fruta e ervas aromáticas, entre outras ações “verdes”;

3. Bolbos primaveris. A sustentabilidade está também na base desta tendência que vê a troca de bolbos primaveris que necessitam de ser constantemente substituídos ou replantados, por variedades naturalmente auto-sustentáveis caso do narciso, allium e algumas espécies de tulipas, por exemplo;

4. Folhas pintadas. As plantas de folhagem verde e variada dão lugar a espécies mais específicas, nomeadamente os arbustos e perenes com folhas douradas, cinza, verde-lima e borgonha;

5. Cultivar fruta e legumes. Num verdadeiro regresso às origens, uma das grandes tendências “jardineiras” para 2009 é o cultivo próprio e para uso pessoal de fruta e legumes. Produtos biológicos e saudáveis que vão da porta de casa diretamente para a mesa, permitindo ainda poupar na conta de supermercados;

6. Vasos e floreiras. Cada vez mais popular está a jardinagem em vasos ou floreiras – especialmente pensado para quem vive em espaços apertados, mas não só. Recipientes grandes, pequenos e coloridos são a nova forma de plantar e beneficiar de um jardim que pode incluir tudo desde grandes árvores tropicais a velhos clássicos, passando por legumes e ervas aromáticas;

7. Viver ao ar livre. Desfrutar da vida ao ar livre é mais do que sujar as mãos na terra e é tão simples como criar agradáveis espaços exteriores, perfeitos para descansar ou conviver… sempre com a Mãe Natureza por perto;

8. Jardim selvagem. A preservação da fauna e flora é um assunto que tem influenciado fortemente o mundo da jardinagem e o resultado está à vista. Os jardins selvagens, criados com material e espécies pensadas especificamente para atrair a presença de pássaros, insetos e outros animais, são cada vez mais uma realidade;

9. Compras online. A “febre” e praticabilidade de comprar online já conquistaram os jardineiros por vários motivos: preços competitivos, permite um enorme conhecimento e, melhor, poder de compra de espécies oriundas de todo o mundo.

- Se você for plantar em canteiros, estes devem ser localizados em local de fácil acesso e que fique próximo a saída de água e galpões para guardar equipamentos etc.;

- Não plantar em topografia superior a 20%. Sempre haverá melhor produção em terrenos planos ou com ligeira inclinação, pois facilita a conservação do solo e tratos culturais;

- Escolha sempre espécie/variedade que mais se adapte ao clima e ao solo da região, para melhor sanidade e desenvolvimento;

- Sempre que possível faça uso de quebra-ventos nativos ou adaptados a região, pois além de diminuir a incidência de ventos fortes e frios, é abrigo dos inimigos naturais de pragas, evita poeira e doenças, e dependendo da espécie, fornece néctar para abelhas;

- O solo deverá ter boa drenagem e boa fertilidade natural e teor de matéria orgânica, e se necessário faça uma complementação, para que a planta esteja sempre nutrida e resistente a pragas e doenças.