No Brasil é recomendável plantar as helicônias depois do inverno, onde as variações das temperaturas diurnas e noturnas são mais acentuadas. No Nordeste, as helicônias podem ser plantadas em qualquer época do ano, com exceção das áreas serranas, em decorrência de períodos com baixas temperaturas. Regiões quentes e litoral, o período de julho e agosto, também não é muito favorável. O plantio de rizomas diretamente no campo em épocas chuvosas acarreta a perda considerável e necessidade de replantio. Mudas transplantadas necessitam de bastante água durante o período inicial de desenvolvimento. Quando se dispõe de um sistema de irrigação o pegamento das mudas é maior, principalmente quando realizamos o plantio nos meses quentes.
Geralmente, o preparo do terreno se dá ao nível de covas. Práticas como aração ou gradagem não são necessárias, pois o desenvolvimento radicular das helicônias é superficial. È recomendável abrir covas de 20×20x20cm substituindo a parte da terra retirada por matéria orgânica, obtendo uma proporção de 1:1 (terra: matéria). Uma opção mais fácil e eficiente é plantar em sulcos com 10 cm de profundidade. Também é recomendável misturar ao substrato 50g de adubo químico, de preferência rica em fósforo, nitrogênio e potássio. A fórmula química comercial dependerá da fertilidade do terreno, mas geralmente é utilizada a fórmula 18-6-12 (nitrogênio – fósforo – potássio – respectivamente).
A seleção das variedades a serem plantadas deve ser feita de acordo com a disponibilidade de material genético, condições ecológicas do local, a disponibilidade de sombra e principalmente de acordo com as exigências do mercado. As variedades usadas como flor de corte devem possuir as seguintes características:
Tratos culturais, pragas e doenças – As touceiras devem ser divididas e replantadas após dois anos de cultivo. Para evitar o adensamento das touceiras, o ideal é cortar ao nível do solo as hastes que já tenham florescido. Algumas vezes é necessário o tutoramento das plantas, usando-se suportes de fio de arame esticados ao longo dos canteiros, para evitar o tombamento pela ação do vento ou do próprio peso.
Anualmente, deve-se fazer a cobertura dos canteiros com matéria orgânica, usando-se restos de folhas, bagaço ou outros compostos disponíveis.
Quanto às pragas e doenças, o principal problema da cultura é a ocorrência de nematóides, que exigem para seu controle o tratamento do solo antes do plantio. É rara a ocorrência de ácaros, cochonilhas e pulgões. Entre as doenças, destacam-se as fúngicas, causadas principalmente por Phytophtora e Pythium.
Época de floração de ao menos 4 meses ao ano
Variedades que florescem menos de 4 meses durante o ano, geralmente concentram a produção em um lapso de tempo muito curto, ou seja, o produtor geralmente tem problemas para escoar a produção. Ex. Wagneriana.
Durabilidade – A durabilidade é um dos fatores mais importantes, pois é a melhor característica que uma flor pode ter. Apesar de que a durabilidade da flor depois de cortada varie muito, é recomendável selecionar espécie cuja durabilidade da flor esteja entre 5 e 10 dias. Essa durabilidade proporciona uma grande vantagem para as operações de transporte e distribuição do produto, porém para o mercado local pode tornar o produto menos consumido, pois pode ser reaproveitado.
Pequena duração: Alpinia zerumbet
Média: Psittacorum, calathea, dwarf, firebird, latispatha, pendula
Longa: Alpinia vermelha, opal, golden torch, adrian, rostrata, orthotricha, shampoo, wagneriana, lobster claw, musas, jaquinii, sexy pink, colinsiana e rauliniana.
Inflorescência (flor) com o mínimo de sementes possível – As sementes que emergem das brácteas são muito sensíveis e desprendem-se facilmente. Geralmente as sementes permanecem dentro das brácteas e entram em decomposição provocando um mau odor nas flores.