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tulipas (Small)

Se na Europa, a tulipa é umas das preferidas, para a  decoraação de casas e praças públicas, aqui ela vem a cada ano ganhando mais espaço na casa dos brasileiros. Saiba mais sobre esta a bela flor.
Até algum tempo atrás, as tulipas eram preciosidades raramente encontradas por aqui. Hoje em dia, essa flor típica de clima temperado já se acostumou aos trópicos e, portanto, já pode ser apreciada com mais facilidade em todo o Brasil.

História da flor – Escultórica, a tulipa é vista cada vez mais nos buquês das noivas e também nos arranjos das residências, e continua a ocupar lugar de destaque entre as mais sofisticadas das flores. Sua safra vai de março a setembro e é encontrada em mais de 20 cores, entre vermelho, branco, roxo, amarelo, rosa, salmão, creme, laranja e até mesmo com a mistura de duas cores.
Normalmente, relaciona-se as tulipas à Holanda, país que a adotou como um de seus símbolos mais fortes. Mas na verdade, a flor tem origem na Turquia, tanto que o seu nome deriva de tulipan, que significa turbante, por causa do formato semelhante. A Holanda mesmo só a conheceu por volta de 1560, levada para lá pelo botânico Conrad von Gesner, que coletou bulbos originais da flor em Constantinopla, atual Istambul.
Os holandeses, apaixonados por flores, souberam cultivá-las, além de lhes oferecer suas terras férteis e o clima ideal para o desenvolvimento de seus bulbos. Da família das Liliáceas, com suas folhas em geral em forma de lança, a haste ereta e a flor formada por seis pétalas, a tulipa é pura sensibilidade, já que tem duração em torno de 6 dias.

Saiba escolher a flor – Em época de calor, a flor desabrocha rapidamente. Já no frio, se mantém viva por mais tempo. Ao comprar um vaso com a flor, prefira as de botões fechados, para que a planta dure mais tempo. E há quem diga ainda que, colocando-se duas pedras de gelo sobre a terra do vaso, pela manhã e à tarde, todos os dias, reduz-se o calor e aumenta-se, assim, a sua durabilidade.
“Como é uma flor de clima frio, qualquer trabalho feito para o esfriamento da terra é válido, até mesmo colocar o vaso na geladeira por 10 minutos para que a flor se feche mais um pouco”, conta José Ricardo de Souza, gerente de produção da Fazenda Terra Viva, uma das maiores produtoras de flores no País, com sede em Holambra, no interior de São Paulo. Se já estiver cortada e colocada em um vaso com água, pode-se colocar gelo também. Nesse caso, se estiver com algum tipo de conservante, pode durar até 8 dias.

Tulipas em casa – Para quem quer ter o prazer de cultivar uma tulipa em casa,  algumas dicas. “Para começar, os bulbos podem ser comprados em qualquer garden center. Deve-se retirar os bulbos da embalagem e enterrá-los em terra arenosa (em vaso ou canteiro).
Depois, basta cobrir com terra. A rega é feita 2 a 3 vezes por semana, até brotar. Não é recomendado que a planta fique no vento. A tulipa deve ficar por mais de 4 horas por dia no sol, porém, à meia sombra. Por fim, esta planta não requer poda, e suas flores são de corte para uso em arranjos.

Segunda florada – É possível fazer com que essa planta floresça uma vez mais, desde que se consiga reproduzir as condições climáticas de seu habitat natural. Para isso, é preciso seguir uma técnica que requer paciência, afinal leva mais de um ano e meio! Mas quem estiver disposto a fazer a experiência, a recompensa vale a pena. Anote!
Retire os bulbos da terra, limpe-os delicadamente com uma escova macia e deixe-os em local fresco e arejado por 3 meses, sem que se molhem. Depois, plante-os em um vaso, com terra vegetal umedecida (e não encharcada). Embrulhe o vaso com filme plástico e guarde-o na geladeira por 6 meses, com a temperatura entre 2 e 5ºC.
Depois dessa temporada, retire a planta e leve-a a um local fresco e iluminado por 2 meses, sempre com a terra úmida. Na próxima etapa, ela retorna à geladeira embrulhada novamente em plástico, por mais 6 meses. Por fim, retire-a e leve-a a um local iluminado. Em 30 a 50 dias, você terá novas flores.

Você é daquelas pessoas que não conseguem ter plantas bonitas em casa por muito tempo? Não é azar, não. É falta de cuidados… Aqui vai alguns truques para você preservar suas plantas, no vaso ou no jardim, para que elas durem mais.

Regue corretamente – Coloque sempre o dedo na terra para saber se falta água. “Aproveite para descarregar suas energias: as plantas gostam e sabem transmutar essa energia”. Seu contato com a terra vai criar uma relação de troca e identidade com sua planta.
Ao regar, pegue seu vaso e leve para uma área onde você possa molhar bem a terra e as folhas. “Após 1 hora da rega, jogue fora a água dos pratos, volte a planta para o seu lugar mantenha-a durante as semanas seguintes molhando com pequenas quantidades”. Você pode repetir isso no verão uma vez por mês, mas no inverno uma vez a cada dois meses já é o suficiente. (veja a tabela a seguir).

No inverno, as plantas não gostam de água à noite, elas preferem na parte da manhã. “Assim evitamos as baixas temperaturas da madrugada que ajudam a proliferar os fungos e parasitas.”

Não sabe a quantidade ideal de água?
Veja as dicas para um inverno seco:
- Vaso pequeno 1/2 copo a 1 copo cada 4 dias
- Vaso médio 1/2 litro 1 vez por semana
- Vaso grande 1 litro a 1 litro e ½ 1 vez por semana
- Vaso de barro precisam 2 vezes mais de água do que os de plástico
- Se a umidade está alta no ar, não é preciso molhar

Lugar ao sol (ou à sombra) – As plantas são seres vivos especiais porque podem fabricar o seu próprio alimento retirando a energia que vem da luz solar. Na hora da compra, basta perguntar qual a necessidade dela. E, depois, descubra o melhor lugar da casa para acomoda-la. “Pegue uma bússola e descubra qual janela recebe o sol, mas se não tem, basta observar onde o sol nasce, este lado é o leste. Onde ele se põe, o oeste”.

Aprenda com o paisagista a escolher o local apropriado:
- Planta de sol:
procure uma janela direcionada para norte ou oeste. Essa posição é excelente para esse tipo de planta, pois recebem o sol por mais tempo.
- Planta de meia sombra: uma janela voltada para o leste, que recebe a luz do sol da manhã, mas ficará na sombra o resto do dia.
- Planta de sombra: você deve procurar uma janela voltada para sul.

Adubação verde – Frutas e verduras fazem bem até para as plantas. Faça uma adubação verde, mas líquida. Podemos alimentar nossas plantas com um suco verde, que ajuda muito a planta. Da mesma maneira que o nosso corpo absorve rapidamente uma vitamina que tomamos, o mesmo acontece com elas.
Use as sobras de vegetais e frutas que não foram cozidos e estão sem temperos. Bata tudo no liquidificador com água e, depois de bem batido, coe para retirar o bagaço. Dilua esse líquido em 3 litros de água e, depois, é só molhar como já foi explicado. Mas use esse método uma vez a cada 15 dias, adubo demais prejudica a planta.

Outros adubos – Cada adubo tem a sua função. O ideal seria usar os químicos somente na época das chuvas, que dissolvem e são assimilados melhor pelas plantas. Procure intercalar os minerais e os orgânicos de 3 em 3 meses para equilibrar o solo e, no inverno, dê um descanso para o jardim.

A adubação química é aquela em que o adubo usado é formado por composto químico, originados industrialmente. São adubos sintéticos que contêm nitrogênio, fósforo e potássio.

Já a adubação orgânica é aquela feito usando resíduos animais ou vegetais que desenvolvem a flora microbiana e, por consequência, melhoram as condições físicas do solo. Os mais conhecidos são a “torta de mamona” e a “farinha de osso” e também são encontrados no mercado facilmente.

Por fim, a adubação mineral é extraída de minas e assimilada diretamente pelas plantas, ou sofrem pequenas transformações no solo para serem absorvidos. Também à venda em lojas de plantas.

Para ter um vaso florido e cheio de vida iluminando a sua casa não basta só adubo e água. É preciso também ter cuidado para não misturar espécies que têm necessidades distintas. Como fica uma planta se a outra precisa de muito sol e ela não? Ou então se uma deve receber mais complementos orgânicos que a outra? “Para se darem bem nos vasos, as plantas precisam apresentar as mesmas necessidades de umidade e características de solo”.

Essa técnica de associações vegetais favoráveis é comumente usada para que as plantas produzam forças para crescerem melhor, como é feito na agricultura orgânica. Mas no jardim, misturá-las pode criar um conflito. “O bambuzinho, por exemplo, consome muita água e acaba consumindo a parte da outra planta que estiver ao seu lado”.

Outro exemplo é a trepadeira, com raízes agressivas. Ela se espalha com facilidade e invade o espaço de outras plantas, sufocando-as e levando-as à morte. “Para evitar problemas assim no jardim, é importante manter uma distância entre 30 a 60 cm de cada uma e sempre observar como elas estão”.

Dividindo o mesmo espaço – Cada espécie explora o solo de maneira diferente, extraindo as substâncias orgânicas para sua sobrevivência. Observar a reação de cada uma delas ao entrar em contato com a outra é uma boa dica para descobrir as que são amigas ou as inimigas. Outra saída é informar-se com um especialista antes de comprar e plantar no mesmo vaso.
“Ao escolher, prefira as que precisam do mesmo solo, que tenham a mesma necessidade de água e que o crescimento seja adequado ao tamanho do vaso, sempre prevendo esse crescimento de um a cinco anos. O vaso deve ser colocado em local adequado, garantindo o sombreamento ou isolação de acordo com suas necessidades”.

“A quantidade vai depender das necessidades de cada uma. Para as que estão florescendo, por exemplo, é recomendado adubar antes do inverno, para dar força para as flores na chegada da primavera, e adubar logo após a floração, no final do verão”.

E para quem pensa em montar um vaso para colocar dentro de casa, aí vai uma dica: “Além de escolher plantas compatíveis, opte por espécies adequadas para interiores, colocando-as em um vaso apropriado para o tamanho das raízes (torrão) e com quantidade de terra suficiente.

O sistema de drenagem também é importante, e deve contar com argila expandida e manta. Sob o vaso, deve-se colocar um prato para a coleta de água, como forma de preservar o piso”.

As florestas guardam inúmeros perigos para os seres humanos, principalmente nos locais mais remotos. Muitas pessoas já ouviram histórias sobre exploradores perdidos que são engolidos por plantas carnívoras no meio da selva. Mas fique tranquilo. As plantas carnívoras realmente existem, mas elas são geralmente pequenas e delicadas e seus alimentos são insetos e minúsculos animais.
Hoje, são conhecidas mais de 500 espécies de plantas carnívoras espalhadas por todo o planeta, desde as florestas tropicais até os desertos da Austrália. No Brasil, calcula-se que existam mais de 80 diferentes espécies. Elas crescem principalmente nas serras e chapadas, e podem ser encontradas em quase todos os Estados, sendo mais abundantes em Goiás, Minas Gerais e Bahia.
A Dionaea, nativa de pântanos da planície costeira dos EUA é a planta carnívora mais famosa e mais comum para o cultivo entre todas, talvez pelo seu aspecto bem “carnívoro” de suas armadilhas, que parecem mandíbulas.
Três características dão a essas plantinhas a denominação de “carnívoras”. Para começar, elas precisam ter a capacidade de atrair seu alimento, geralmente utilizando odores e suas cores chamativas; depois elas precisam ter mecanismos que aprisionam suas vítimas; e, por último, terem o poder de digerir as presas.

Captura – Essas plantas desenvolveram vários tipos de armadilhas para capturarem suas presas:

Armadilhas tipo jaula: como no caso da Dionaea, as folhas são divididas em duas e possuem gatilhos no seu interior que, quando tocados por presas, fazem as folhas se fecharem como se fossem uma boca.

Armadilhas de sucção: encontradas nas espécies do gênero Utricularia, que podem ser terrestres ou aquáticas. Elas possuem pequenas vesículas com uma diminuta entrada cercada por “sensores” que, quando tocados, abrem essa entrada. Como havia vácuo no interior da vesícula, a abertura repentina suga o que estiver ao redor, incluindo a presa.

Folhas colantes: algumas espécies possuem glândulas colantes espalhadas pelas folhas ou mesmo por toda a planta. Quando o inseto pousa, não consegue mais sair ficando grudado a ela. Esse tipo de armadilha é encontrado em plantas do gênero Byblis, Drosera, Drosophyllum, Ibicella e Triphyophyllum.

Ascídios: são plantas parecidas com urnas, com uma entrada no topo e líquido digestivo no interior como a Nepenthes. As presas caem no líquido digestivo, onde se afogam e são digeridas.

Alimentos – Os insetos são o prato principal dessas plantas, mas seu cardápio pode ser bem variado dependendo da presa que cair em suas armadilhas. Geralmente, acabam se tornando alimento organismos aquáticos microscópicos, moluscos (lesmas e caramujos) e artrópodes em geral (insetos, aranhas e centopeias).
Plantas do gênero Nepenthes podem ocasionalmente capturar até mesmo pequenos vertebrados, como sapos, pássaros e roedores. Elas possuem as maiores armadilhas, que podem alcançar até meio metro de altura cada e armazenar até cinco litros de água.

Digestão – Depois que captura sua presa, a planta começa o processo de digestão, realizada por meio de enzimas que quebram as substâncias em moléculas menores que podem ser absorvidas pelas folhas.
Algumas espécies não produzem suas próprias enzimas e dependem de bactérias para a digestão de suas presas, deixando o processo bem mais lento.
As presas para essas plantas funcionam na verdade como um complemento alimentar, uma fonte de nutrientes. Elas geralmente crescem em solo pobre de nutriente e precisam compensar o que as raízes não conseguem extrair.

Evolução – Especialistas acreditam que as plantas carnívoras surgiram na Terra há 65 milhões de anos. Acredita-se que elas evoluíram a partir de plantas que capturavam parasitas para se defenderem deles. Os insetos ficavam presos nas glândulas colantes das folhas, e com o tempo morriam e apodreciam.
A partir de então, as enzimas que digeriam proteínas nas sementes foram deslocadas para outras partes das plantas e passaram a ajudar na digestão das pragas. Com o tempo, cada espécie foi criando seu tipo de armadilha e passaram a criar armas para atrair as presas.