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Abricá-de-,acaco

Nome Científico: Couroupita guianensis
Nome Popular: Abricó-de-macaco, curupita, castanha-de-macaco, cuia-de-macaco, árvore-de-macaco, cuiarana, amêndoa-dos-andes, macacarecuia
Família: Lecythidaceae
Origem: América do Sul (Floresta Amazônica)
Ciclo de Vida: Perene

O abricó-de-macaco é uma árvore muito ornamental, originária da floresta amazônica. Apresenta folhas simples, alternadas, e de formato elíptico a lanceolado. As flores curiosamente surgem do tronco, em longas inflorescências do tipo rácemo, que podem chegar a 3 metros de comprimento. As flores contêm seis pétalas carnosas, esverdeadas, alaranjadas ou vermelhas e longos estames brancos, amarelos ou róseos com anteras amarelas. Elas exalam um delicado aroma de rosas, e são atrativas para abelhas e mamangavas, que se encarregam da polinização. A floração pode perdurar por todo o ano, mas é mais intensa na primavera e verão.

Os frutos são grandes cápsulas globosas, de casca marrom e lenhosa, com cerca de 3 quilos e 20 cm de diâmetro, o que lhe valeu o nome em inglês de cannon ball tree (árvore-bola-de-canhão). Sua polpa é gelatinosa, azulada e mal cheirosa, com 200 a 300 sementes. Apesar de comestíveis, os frutos não são apreciados, devido ao aroma desagradável. No entanto eles servem de alimento aos macacos e animais domésticos. Os frutos do abricó-de-macaco levam quase um ano para amadurecer e podem ser muito perigosos quando caem.

Por este motivo, esta bela árvore não pode ser plantada em locais com circulação de pessoas e automóveis, como calçadas e ruas, assim como pequenos jardins residenciais. Sua beleza deve ser admirada à distância, geralmente em parques, jardins botânicos, grandes jardins e fazendas. O porte do abricó-de-macaco também é respeitável, podendo chegar de 15 a 25 metros de altura, e até 35 metros em seu habitat natural. Seu crescimento é rápido e sua madeira é macia, por este motivo, ela necessita de tutoramento nos primeiros anos após o plantio.

Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Aprecia o calor, a umidade e tolera o encharcamento. Nos primeiros anos é interessante proteger a muda do sol quente do meio-dia, da mesma forma como ela estaria sendo protegida pelas copas das árvores na floresta. As florações surgem a partir do quinto ano. Multiplica-se por sementes.

14 in Aspidistra

A aspidistra é uma planta herbácea, entouceirada de folhagem vistosa e caule rizomatoso. Seu porte é baixo, alcançando de 40 a 60 centímetros de altura.

As folhas são grandes, bonitas, lanceoladas, brilhantes, coriáceas, com longos pecíolos e de cor verde-escura na espécie típica. Ocorre ainda uma variedade de folhas pontilhadas de creme, a “Maculata”, e outra de folhas com variegações estriadas de cor branca, a “Variegata”.

As flores são curiosas, mas de importância ornamental secundária. Elas são arroxeadas, campanuladas e surgem diretamente do rizoma, elevadas pouco acima do solo, onde ficam escondidas pela folhagem. O florescimento ocorre no verão e é raro em plantas envasadas. Os frutos são esféricos.

Esta bela e tradicional folhagem é bastante rústica e apresenta crescimento moderado. Ela é indicada para formação de maciços ou bordaduras em locais pouco iluminados, como ao longo de muros ou sob a copa das árvores, sendo uma forração interessante para pequenos bosques.

Apesar de suas qualidades paisagísticas, a aspidistra se tornou mais popular em vasos e jardineiras, decorando interiores próximos à janelas bem iluminadas.

Deve ser cultivada sob meia-sombra ou sombra, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Planta originária de clima temperado, a aspidistra é capaz de tolerar tanto o frio como o calor, porém não resiste ao encharcamento.

As variedades pintadas e estriadas podem ficar completamente verdes em solos muito ricos e locais pouco iluminados. Fertilizações na primavera e verão estimulam o desenvolvimento de uma folhagem exuberante.

Multiplica-se facilmente por divisão do rizoma enraizado, permanecendo cada muda com pelo menos duas folhas (divisão de touceiras).

chuva no mar

vitória_régia

Nome Popular: Vitória-régia, milho-d’água, rainha-dos-lagos, rainha-dos-nenúfares, forno-d’água, forno-de-jaçanã, nanpé, jaçanã, aguapé-assú, cará-d’água
Divisão: Angiospermae
Ciclo de Vida: Perene

A vitória-régia ou victória-régia (Victoria amazonica), da família das Nymphaeceae, é uma planta aquática gigante e rizomatosa e nativa da região amazônica. Suas folhas são circulares, enormes, podendo alcançar 2,5 metros de diâmetro, e flutuantes, com bordos elevados em até 10 cm, que revelam a página inferior espinhenta e avermelhada. Pode suportar até 40 quilos se forem bem distribuídos em sua superfície.

A face inferior apresenta uma rede de grossas nervuras e compartimentos de ar responsáveis pela flutuação da folha. A superfície da folha ainda apresenta uma intrincada rede de canais para o escoamento da água, o que também auxilia na sua capacidade de flutuar, até mesmo sob chuvas fortes.

Longos, espinhentos e flexíveis pecíolos ligam as folhas ao grande rizoma da planta que permanece submerso e enterrado no fundo do lago ou rio. As flores são lindas, grandes e perfumadas (a floração ocorre desde o início de março até julho) são brancas e abrem-se apenas à noite, a partir das seis horas da tarde, e expelem uma divina fragrância noturna adocicado do abricó, chamada pelos europeus de “rosa lacustre”, mantém-se aberta até aproximadamente às nove horas da manhã do dia seguinte. No segundo dia, o da polinização, a flor é cor de rosa.

Assim que as flores se abrem, seu forte odor atrai os besouros polinizadores (cyclocefalo casteneaea), que entram na flor no primeiro dia, e acabam prisioneiros. Após a polinização a flor volta para dentro do lago, para a formação do fruto, do tipo baga, que amadurece em 6 semanas. As sementes produzidas são comestíveis e envoltas por uma espécie de esponja que permite sua flutuação.

Hoje existe o controle por novas tecnologias (adubação e hormônios) em que é possível controlar o tamanho dos pratos e com isso é muito usada no paisagismo urbano tanto em grandes lagos e pequenos espelhos d’água.
O rizoma da planta é rico em amido e sais minerais, e é utilizado como alimento pelos índios. A cada ano de idade da planta ele aumenta suas reservas e com isto a planta cresce.

A vitória-régia é uma planta de cultivo delicado, visto que só vegeta sob o calor equatorial e tropical, não tolerando o frio. Em países de clima frio ela só pode ser cultivada em estufas com água e ambientes aquecidos.
É uma planta exclusivamente aquática, deve ser cultivada sob sol pleno, em lagos ou tanques com mais de 90 cm de profundidade, com água em temperatura de 29 a 32ºC. Não tolera temperaturas abaixo de 15ºC. Não é muito exigente em fertilidade e manutenção, sendo que o replantio anual e adubações leves são suficientes para o seu pleno desenvolvimento. Multiplica-se por sementes e divisão do rizoma. Atualmente há variedades e híbridos com V. cruziana que são um pouco mais adaptados ao frio e de menor porte, para lagos menores.

ninféia_azul

Nome Popular: Ninféia-azul, lírio-dágua
Família: Nymphaeaceae
Origem: África do Sul
Ciclo de Vida: Perene

Excelente para espelhos de água e laguinhos ornamentais, a niféia-azul apresenta uma bela folhagem flutuante.

As folhas são grandes, lisas e com as bordas irregulares e levemente enroladas.

As flores solitárias são muito vistosas, de coloração azul, com o centro amarelo e são elevadas por longos pedúnculos acima da superfície da água.

A niféia-azul pode ser plantada em vasos ou diretamente no lodo em cursos lentos ou lagoas de água doce, vivendo a pouca profundidade. Sua folhagem e flores desaparecem no inverno. A floração ocorre na primavera e verão.

Pode ser cultivada em lagos, tanques e espelhos de água, sempre a pleno sol. Se a água contiver peixes, evite adubações pesadas, fazendo apenas uma fertilização leve caso seja muito necessário. Tolerante ao frio.

Multiplica-se pela divisão dos tubérculos e por sementes.