Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, o cultivo de nenhuma planta depende de “mão boa”. Isso é um mito. Dependem sim de observação cuidadosa, dedicação, conhecimento e satisfação das necessidades das plantas. O cultivo de suculentas não é exceção.
Os cactos e as suculentas são plantas originárias da África e das Américas, as quais armazenam grande quantidade de água, por períodos prolongados, podendo viver em lugares áridos. São revestidas de pelos , cera ou espinhos que dificultam a evaporação da água.
Propaga-se por estaca ou pelas folhas, que são retiradas e colocadas sobre a terra, surgindo daí alguns dias, a raiz e e posteriormente as novas folhas. Algumas, geram brotos que deverão ser retirados e plantados.
Poderão ser plantadas em vasos plásticos ou cerâmicos, desde que tenham boa drenagem. A composição da terra é de 1 parte de terra vegetal e duas de areia grossa ou partes iguais de terra vermelha, húmus, areia grossa e carvão mineral moído.São muito resistentes.
Gostam de muito sol, ou no mínimo quatro horas diárias de sol para manter-se bonita. Devem ser regadas com água 1 vez por semana ou mais espaçado. A terra deve ser de fácil drenagem e não permita água acumulada em pratinhos, pois o excesso pode matá-las.
A maioria das suculentas floresce. Aguarde com paciência e se surpreenderá. As flores individuais ou em penca, são lindas.
Suas folhas vão do verde musgo ao verde claro, além de rosadas, lilases, amareladas e tons alaranjados e azulados.
As kalanchoês e cactos são suculentas. A popular “Coroa de Cristo, também é uma suculenta”. Existem milhares delas. Vamos cultivá-las?
Os Cuidados
* É recomendável checar as plantas cerca de duas vezes por mês para tirar a poeira, folhas mortas e verificar sua saúde;
* Podas ocasionais beneficiam as plantas;
* É recomendável trocar totalmente a terra a cada ano;
* Não se deve regar por sobre os espinhos (no caso se forem cactos) evitando assim fungos e bactérias oportunistas;
* As plantas gostam, geralmente, de boa aeração e pouca umidade;
* O pH do solo deve estar 5.5 e 8.5.
Vasos
A escolha do vaso depende de vários fatores:
a) Da espécie a ser cultivada: devem-se conhecer as necessidades específicas de cada planta;
b) Do local de cultivo: o vaso dever ser escolhido de acordo com o local onde ficará. Por exemplo: numa área com pouca ventilação o vaso deve facilitar a aeração, de modo a não reter umidade demais; da mesma forma, num local com incidência solar direta e prolongada, deve-se utilizar vasos que não permitam desidratação excessiva.
Material
* Barro – boa aeração, retém pouca umidade, grande viabilidade de formatos e tamanhos, aparência agradável, pouco resistentes, custo variável;
* Plástico – conserva bem a umidade, boa resistência, leve, facilita a retirada do torrão, baixo custo, várias cores (furos para drenagem geralmente muito grandes quando presentes);
* Cimento – pesado, relativamente frágil, boa aeração, conservação de umidade intermediária entre vasos de plástico e de barro;
* Xaxim – ideal para plantas epífitas de áreas úmidas. No entanto, o xaxim é retirado de uma planta (a samambaiaçu) que se encontra em perigo de extinção, e sua exploração está proibida. Devem ser, portanto, encontradas alternativas.
Em vasos
Para o cultivo em vaso um bom substrato é essencial podendo ser composto da seguinte maneira: 50% de areia – não de praia, 50% de terra vegetal. Pode ser acrescentado o húmus de minhoca na proporção de um terço do volume de terra vegetal. Os espécimes jovens não devem ser expostos diretamente ao sol o dia inteiro, precisando apenas de luminosidade intensa. A rega não deve ser excessiva, pois pode apodrecer o cacto.
Os cactos necessitam de sol, ventilação e não suportam excesso de umidade. Isso é o básico para quem deseja cultivar cactos. A exceção fica por conta dos minicactos (aqueles que encontramos até em supermercados, em pequenos vasinhos) que, em geral, têm menos de três anos. Como ainda são bem jovens, os minicactos apresentam menor resistência à exposição direta dos raios solares. Neste caso, é melhor colocá-los em áreas claras e arejadas, mas longe da luz solar direta.
Água
Este é talvez o fator mais importante para o sucesso no cultivo de cactos. A quantidade de água necessária para a manutenção destas plantas depende de outros fatores (terra, drenagem, temperatura, etc.), sendo difícil determinar uma periodicidade exata para as regas. Mas, dá para chegar numa média, de acordo com os períodos do ano.
No verão, as espécies com mais de três anos devem ser regadas a cada 5 ou 6 dias; já os minicactos a cada 4 dias.
No inverno, os cactos mais velhos devem receber água a cada 12 dias e os jovens a cada 8 dias. Toda a terra ao redor deverá ser molhada, mas não encharcada. Deixe que a água seja absorvida antes de colocar mais água.
Terra e fertilizante
A mistura de terra indicada para o cultivo de cactos pode ser obtida misturando partes iguais de areia e de uma boa terra para plantas caseiras. Para fertilizar, recomenda-se, uma vez por mês, substituir a água da rega por um fertilizante líquido básico para plantas verdes diluído na proporção indicada pelo fabricante.
Replantio
Uma questão que sempre se levanta é o replantio dos cactos: geralmente, o cacto deve ser replantado quando o vaso estiver pequeno demais para a planta, lembrando que a mistura de terra do novo vaso deve conter terra vegetal e areia (dessas usadas em construção), para garantir a boa drenagem. Além disso, para retirar o cacto do antigo vaso é preciso muito cuidado, pois os espinhos podem machucar.
Uma boa dica é usar folhas de jornal dobradas várias vezes, em forma de tira, para envolver o cacto e desprender suas raízes com a outra mão (basta torcer levemente o vaso), sem forçar muito, para não quebrar a planta. Depois de solto, é só encaixar o cacto no novo recipiente. Com uma ferramenta de jardinagem pequena, pressione a terra do vaso, para firmar bem a planta.
Em jardins
O plantio de cactos em jardins pede outros cuidados. O principal deles é escolher o local adequado para evitar acúmulo de umidade. Não se deve escolher um local baixo ou em desnível, para evitar que a água das chuvas forme poças ou fique parada. Como já foi explicado, a água em excesso causa o apodrecimento dos cactos e pode até matá-los.
O ideal é escolher um local mais alto ou até fazer um morrinho, amontoando terra e apoiando com pedras. O aspecto visual fica bem interessante.
Prepare as covas
Para espécies que chegam a mais de dois metros de altura, faça covas com cerca de 40 centímetros de profundidade; para espécies menores (as mais comuns) faça covas rasas, com cerca de 15 centímetros. Coloque no fundo das covas, uma camada de pedrinhas (tipo brita) e, por cima, coloque a mistura de terra (pode-se usar a terra retirada do buraco, misturada à areia de construção e terra vegetal, tudo em partes iguais).
Plante os cactos usando a dica de segurá-los com a faixa de jornal. Em volta dele, por cima da terra, espalhe outra camada de pedrinhas, para auxiliar na drenagem. Para fertilizar cactos de jardim, siga a mesma periodicidade indicada para os cactos de vasos.
É importante lembrar que para conseguir um bonito efeito com cactos em jardins é necessário saber escolher bem as espécies, que devem ter a resistência necessária à exposição direta aos raios solares, à chuva e ao vento constante. Uma boa idéia é consultar um produtor ou especialista na hora da compra, para ter certeza de escolher os tipos de cactos adequados ao seu jardim.
Cuidados c/ suculentas – As plantas suculentas necessitam de cuidados especiais durante o inverno. Neste período é preciso regular as regas, cobrir ou remover as plantas para proteger contra geadas. A rega deve ser espaçada, pois o excesso pode provocar o apodrecimento das raízes. Por isso, as regas devem ser feitas em dias ensolarados, para o sol secar o excesso de umidade, e com água morna, sendo que os intervalos entre as regas variam entre diferentes espécies de plantas suculentas.
A rega nos Kalanchoês spp., por exemplo, pode ser realizada uma vez por semana e em Cactáceas, plantas mais velhas devem ser regados a cada doze dias e as mais jovens a cada oito dias, molhando-se toda a terra ao redor da planta sem encharcá-la.
Tanto as plantas suculentas cultivadas em vaso como as plantadas em terra necessitam de luz intensa e direta o maior número de horas possível. No inverno o sol é fraco e não proporciona a mesma quantidade de luz que as outras estações.
Dentro de casa, com o uso de ar condicionado a temperatura fica adequada, mas faz com que o ar fique muito seco, o que é prejudicial para as plantas. As plantas suculentas também são muito sensíveis a geadas, provocando sintomas de queima, pois estas são naturais de regiões em que não há ocorrência de geadas.
As plantas suculentas em jardins podem ser protegidas por tendas de polietileno ou outras películas plásticas armadas sobre elas no final do dia, ou se não incomodar o fator estético, a tenda pode ficar armada durante todo o inverno até haver passado o risco de geadas.
Plantas em vaso, que estão ao ar livre, podem ser removidas do local, sendo levadas para dentro de casa ou para estufas ornamentais. Estas estufas fornecem controle de iluminação, umidade relativa e temperatura ideal.