A adubação orgânica é, realmente, uma ótima opção para melhorar um solo pobre.
Os resíduos orgânicos são aqueles provenientes de podas e cortes de árvores, grama, restos de cozinha (restos de alimentos, cascas de frutas, verduras, legumes), resíduos de capina, folhas, palhada, estercos de animais, restos de culturas agrícolas, etc.
O processo de compostagem é o meio de transformação destes resíduos orgânicos em composto ou adubo orgânico utilizável na agricultura. Este processo envolve transformações de natureza bioquímica, promovidas por milhões de microorganismos do solo que têm na matéria orgânica in natura sua fonte de energia, nutrientes minerais e carbono. Estes microorganismos ao degradar a matéria orgânica acabam por disponibilizar nutrientes responsáveis pelo desenvolvimento das plantas. A diversidade dos materiais utilizados significa menor prazo e maior qualidade do composto produzido.
Um composto para ser produzido não requer grandes espaços. Basta oferecer condições favoráveis ao desenvolvimento e reprodução destes microorganismos, sendo que a pilha de composto deve possuir resíduos orgânicos, umidade e oxigênio. É possível através desta técnica reduzir a quantidade de resíduos que são produzidos, uma vez que os resíduos orgânicos representam grande parte do volume total de lixo.
A compostagem é a destinação ambientalmente correta para os resíduos orgânicos, eliminando o processo de queima (aquecimento global/efeito estufa), o depósito clandestino em bota-fora, a ocorrência de vetores e animais peçonhentos (riscos à saúde pública nos bota-fora), a contaminação e degradação do solo, dos cursos d’água e da paisagem urbana. Além destes benefícios citamos a excelente qualidade do composto produzido para as hortas, jardins, praças públicas e recuperação de solo estéril.
Como preparar um composto orgânico:
Pequenos volumes
Material:
- 1 caixote de madeira: 30cm de comprimento, 20 cm de largura e 10 cm de altura.;
- Saco plástico;
- 2 medidas de pó de serragem, ou poda de árvore triturada, ou folhas secas;
- 2 medidas de terra;
- 1 e ½ medida de resíduo orgânico picado (restos de comida, cascas de frutas e legumes, borra de café, cascas de ovos, etc.)
Modo de fazer: Você deve forrar o caixote com o saco plástico, pois desta forma evita-se a perda de umidade. Misturar os resíduos bem fragmentados neste caixote, reservando um pouco da terra para fazer a cobertura (aproximadamente 3 cm de espessura).
Não tampar o caixote, mantendo-o protegido da chuva, preferencialmente na sombra.
O material precisa ser revolvido num intervalo de 3 em 3 dias e se necessário umedecer este material durante os 30 primeiros dias. Sempre que fizer isso, cobrir com uma camada de terra. Nos próximos 60 dias, se necessário revolver e umedecer este material semanalmente. No final de 90 a 120 dias, o composto estará pronto para uso em hortas, vasos e jardins.
Atenção: Deve-se ficar atento quanto à umidade da mistura. Ela é essencial para a decomposição da matéria orgânica pelos microorganismos. Uma dica importante para verificar a umidade ideal é apertar uma quantidade desta mistura nas mãos: se escorrer água entre os dedos, o composto estará muito molhado, mas se formar um torrão e este se desmanchar com facilidade, a umidade estará ideal. Mas é preciso ter cuidado ao manusear a mistura, já que nos primeiros dias a temperatura pode chegar a 70ºC.
Observar quando for revirar a mistura se há existência de um mofo branco em alguns locais no meio da mistura, o que indicará que a umidade está baixa.
O composto estará pronto quando não for mais possível distinguir as folhas e os restos orgânicos e a temperatura estiver próxima à temperatura ambiente. Se o composto for produzido de maneira correta ele não terá cheiro e nem atrairá insetos.
Uso do Composto: Para gramados, hortaliças, árvores frutíferas, vasos de flores, viveiros de mudas.