A barba-de-judeu (Saxifraga stolonífera), é uma das plantas rasteiras mais resistentes. Em parte é justificado pelo fato de pertencer a uma família de plantas, que são na sua maioria alpinas.
O seu nome, Stolonifera, combina duas palavras em latim, que significam “rocha” e “parti”, daí se deduz a resistência do seu sistema de raízes. Elas espalham-se á superfície do solo, facilitando o desenvolvimento de novos estolhos (*), á semelhança do que acontece com os morangueiros.
É por isso que em inglês, lhe chamam “strawberry begônia”, ou então “mother of thousands”, pois a partir de uma única planta-mãe, depressa se forma um tapete de novas plantas.
Pertencente á família botânica das Saxifragaceae, este género, Saxifraga, é muito extenso, incluindo plantas anuais, bianuais, e perenes, na sua grande maioria alpinas. Elas vêm de zonas temperadas sub-árticas do Hemisfério Norte e com algumas espécies da Etiópia, México e Ártico.
Um dos maiores atrativos destes gêneros de plantas advém desse mesmo fato, a enorme diversidade de habitats em que proliferam, desde montanhas a florestas.
Existem cerca de 480 espécies de Saxifragas, assim como inúmeros híbridos criados para o mercado de jardinagem. Das 480, cerca de 64 espécies, estão na Red List de 1997 da IUCN, por estarem ameaçadas de extinção ou serem já muito raras .
A espécie aqui descrita hoje, é a S. stolonifera Meerb, uma perene originária da China e do Japão.
A planta é ótima para utilizar como planta forrações, ou para plantar na beira de um lago, beiras de lagos, vasos suspensos (devido à forma com que cresce, em cascata) ou até mesmo em canteiros pequenos onde possamos pensar que “nada mais cresce”. Devido á sua resistência, desde que não lhe falte água, ela aguenta até geadas persistentes, e chegando a Primavera, flores não lhe faltará, desde que não esteja muito na sombra.
Aí a tendência será para ter folhas de um verde mais escuro e com poucas flores. O truque está em equilibrar as necessidades de água da planta, de acordo com a exposição á luz solar, mas isso é algo que com o próprio tempo e alguma observação, depressa se conseguirá A maneira mais fácil de reproduzir é por divisão de touceiras e não importa se o vaso em que a colocar for pouco fundo, pois já que, as suas raízes estendem-se na horizontal .
É uma planta que, pelas listas prateadas em fundo verde e pelas suas flores brancas salpicadas de rosa e amarelo, dá um toque de subtileza e harmonia, a qualquer jardim.
Adubar semanalmente de abril a setembro, prefere luz forte e difusa. Não tolera temperaturas a baixo dos 4ºC
Transplanta-se utilizando qualquer terra de boa qualidade, no início da Primavera.
Seu florescimento se dá na Primavera/Verão. Mantenha o solo sempre úmido.
(*) “Estolho: É um tipo de caule rastejante que emite brotações laterais que em intervalos sucessivos pode criar gemas com raízes e folhas.