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borboletas

O outro lado da moeda…
Você é daqueles que gosta de borboletas, mas bem longe de você? Ou não tem nada contra as mariposas, mas também não tem nada a favor…

Talvez este sentimento de “aversão” possa ser um trauma das consequências desastrosas que alguns destes seres alados já lhe trouxeram, quando botaram seus ovinhos nas folhas de suas amadas plantas.

E, há também aqueles que nunca presenciaram o resultado devastador de uma infestação de lagartas, mas mesmo assim preferem ver estes insetos com asas bem longe de suas plantas.

Então, aqui vai uma dica bem simples para repelir borboletas e mariposas:
Corte fatias largas de cebola e coloque sobre o substrato dos vasos, jardineiras e jardim.

No caso de plantas maiores, faça ganchinhos com arame e pendure as fatias nos galhos, ou em cercas próximas as plantas, use sua criatividade para pendurar as cebolas.

Troque as fatias de cebola semanalmente. Não será preciso retirar as fatias colocadas sobre o substrato, após alguns dias elas virarão adubo.

Observação importante: Esta dica não é para eliminar borboletas e nem mariposas, só repelir. Preserve a vida e a natureza!

árvore

Jardim
Pode parecer incrível, mas a “sábia natureza” oferece soluções naturais para a maioria dos problemas que surgem nos jardins.

Ao projetarmos um jardim, um dos primeiros aspectos que nos preocupa se refere à estética. Nada mais justificável. Entretanto, é possível selecionar as plantas usando critérios que resultem em harmonia, nos mais variados aspectos, inclusive na convivência benéfica entre as plantas.

Isso porque, certas plantas, além do valor ornamental, ajudam a prevenir e controlar o ataque de pragas e doenças, pois apresentam propriedades repelentes e até inseticidas.

Cientificamente, comprovou-se que algumas plantas metabolizam substâncias de caráter tóxico para determinados insetos, que podem ser espantados pelo aroma dessas substâncias ou atingidos por elas ao se alimentarem de partes dessas plantas (folhas ou seiva, por exemplo).

Incluir no jardim plantas que apresentam essas propriedades pode ser uma forma natural de manter a saúde do jardim, evitando o uso excessivo de produtos químicos, sem esquecer da estética e da harmonia.

A calêndula (Calendula officinalis), por exemplo, é uma bela e delicada flor que pode acrescentar um ar campestre no jardim; mas não é só: suas propriedades medicinais são reconhecidas pela homeopatia e pela fitocosmética que não dispensa seus poderes cicatrizantes e suavizantes da pele. No jardim, libera um aroma sutil que afugenta certos tipos de formigas.

Uma planta muito conhecida, usada como cerca-viva ou trepadeira – a alamanda (Allamanda sp.) – produz flores vistosas, amarelas ou rosadas que também são utilíssimas no combate aos terríveis pulgões que atacam os jardins.

Com suas folhas, podemos produzir uma “calda” poderosa contra estes insetos sugadores, basta fervê-las em pouco de água, deixar esfriar, coar e pulverizar sobre as plantas atacadas.

O gerânio, que costuma decorar jardineiras e bordas de canteiros, além de muito decorativo ajuda a espantar muitos insetos que invadem os jardins. Esta planta, aliás, é eficiente até contra os nematóides – espécies de vermes que atacam as raízes das plantas, causando deformações e podendo até matá-las.

Plantas como os gerânios e os tagetes (Tagetes patula) – mais conhecidos como cravo-de-defunto-, liberam substâncias nematicidas pelas raízes e seus odores característicos ainda espantam pulgões e formigas.

E já que estamos falando em formigas, famosas por devastarem “áreas preciosas” nos canteiros e jardins, contra elas, podemos contar com uma arma poderosa e útil: a hortelã (Mentha piperita), plantada nas bordas dos canteiros ou espalhada pelo jardim, afasta boa parte destas vorazes cortadoras.

Algumas plantas produzem eficientes “caldas inseticidas”, como a losna, o tomateiro e o coentro; outras apresentam-se ótimas repelentes ao serem simplesmente plantadas ao lado de outras ornamentais, é o caso da capuchinha (Tropaeolum majus), também conhecida como chagas, que enfeita os jardins e ajuda a repelir pragas.

Podemos citar, ainda a camomila (Matricaria chamomilla), que pode apresentar inúmeras utilidades – a vantagem de plantá-la no jardim é poder contar com um chá delicioso e medicinal que, quando pulverizado sobre as plantas, ajuda a fortalecê-las e combate várias doenças que podem atacar as plantas – e a famosa arruda (Ruta graveolens) que, segundo a sabedoria popular, espanta mau-olhado mas, também, é fortíssima combatente dos pulgões.

Como aproveitar algumas plantas úteis no jardim:
Fornecem “calda inseticida”:
Folhas da alamanda (Allamanda sp.), arruda (Ruta graveolens), flores da camomila (Matricaria chamomilla), folhas do tomateiro (Lycopersicum esculentum), folhas de coentro (Coriandrum sativum), folhas de losna (Artemisia asinthium).

Como usar: Ferver as partes indicadas, coar e pulverizar as plantas atacadas com a calda. Caso a calda fique muito concentrada, recomenda-se diluir a preparação antes do uso.

Devem ser plantadas nas bordas dos canteiros:
- Para afastar formigas: hortelã (Mentha piperita), gerânio (Pelargonium spp.), calêndula (Calendula officinalis) e gergelim (Sesamum aricutale);
- Combatem pulgões: gerânio (Pelargonium spp.), arruda (Ruta graveolens), cravo-de-defunto ou tagetes (Tagetes sp.) ;
- Tem efeito nematicida: cravo-de-defunto ou tagetes (Tagetes sp.).

Aprenda Mais – Nematóides: Vermes microscópicos que atacam as raízes das plantas, perfurando-as e introduzindo um líquido que causa sua tumoração, gangrenando-as, além de produzir a murcha das folhas, depois sua queda e, finalmente, a morte da planta. Examinado-se as raízes das plantas atacadas, notam-se os nódulos engrossados, onde estão alojados os vermes.

Como agem os pulgões: Geralmente, localizam-se nas extremidades dos ramos mais tenros, onde se aglomeram, em grande quantidade, e sugam a seiva de folhas e flores. Estas, vão ficando amarelas e sem vida.

Além de sugarem a seiva, os pulgões também são transmissores de muitos vírus que infectam as plantas. Geralmente, esses insetos são transportados de uma planta para outra pelas formigas, que apreciam muito suas dejeções açucaradas.

chuva no jardim

hoya carnosa (Small)

Dicas de cultivo: A flor-de-cera multiplica-se bem por estacas de galho. Depois de formada a muda, uma boa dica é plantá-la para que cresça sobre uma treliça ou caramanchão interno e até num vaso grande equipado com um anel de arame, onde a trepadeira possa apoiar-se.

Plante-a num solo preparado com a seguinte mistura:
2 partes de terra comum de jardim, 2 partes de terra vegetal e 1 parte de areia.

Luminosidade e temperatura: A planta precisa de muita luminosidade, mas não tolera sol direto. O sol da manhã é tolerável. Trata-se de uma planta de clima mais para o quente, sendo que a temperatura ideal gira em torno de 20 a 25 graus C.

Regas: No período da primavera e verão a flor-de-cera necessita de regas regulares, mas no outono e inverno o ideal é reduzir bastante a frequência, deixando secar a superfície do substrato entre uma rega e outra. As folhas carnosas armazenam água e fazem uma “reserva”.

Adubação: A flor-de-cera não é muito exigente em adubações. Para estimular a floração e a saúde da planta, é recomendável fertilizá-la com um produto rico em potássio a cada 20 dias durante a primavera e na época de floração.

Como evitar e tratar problemas: Providencie um local com mais umidade no ambiente.

Folhas secas e com manchas:
indicam ambiente muito seco. Como medida de emergência, recomenda-se pulverizar toda a planta com água.

Manchas escuras nas folhas: geralmente são indícios de que a planta recebeu muita luz solar direta. Em alguns casos, as manchas indicam ataques de fungos.

Queda de brotos e botões: Podem ocorrer quando a planta recebe corrente de ar frio; por ter sido trocada de lugar, alterando suas condições de luminosidade, temperatura e umidade ou por calor excessivo.

Quando a planta não floresce: Pode ser por luminosidade insuficiente; pode estar faltando algum nutriente para a planta; a umidade do ambiente pode estar muito baixa ou a planta necessita ser replantada por estar muito grande.

Folhas amarelas com pontos pretos:
- Pode ser excesso de regas. A solução é cortar as partes danificadas e reduzir as regas até que a planta esteja recuperada;
- Excesso de sol. Mude a planta de lugar;
- Substrato pobre em nutrientes, especialmente nitrogênio. Forneça uma boa adubação para a planta.

folhas3

buganvilea

Famosa pela florada espetacular , a primavera (Bougainvillea spectabilis, Bougainvillea glabra) – também conhecida como buganvília, ceboleiro, três-marias ou flor-de-papel,  é um arbusto escandente nativo do Brasil e cultivado tanto em regiões de clima tropical quanto subtropical.

Além disso, é rústica e resistente a podas, o que permite utilizá-la no paisagismo das mais variadas formas. As belas e coloridas “flores” da primavera não são exatamente as flores da planta: são brácteas (folhas modificadas) que envolvem as verdadeiras, e relativamente insignificantes, flores amareladas.

O conjunto resulta numa aparência exótica, encontrada nas cores branca, rosa, vermelho intenso ou laranja.

Por ser uma espécie muito hibridada, já se obteve brácteas com dezenas de formas e cores, inclusive bicolores – e também a forma variegada. Quando adulto esse arbusto escandente e espinhento pode atingir de 5 a 10 m de comprimento.

A primavera é uma planta muito rústica, que necessita de poucos cuidados e se adapta a diversos tipos de clima; sendo, inclusive, bastante resistente a mudanças bruscas de temperatura. É certo, porém, que os coloridos mais vibrantes e intensos desta planta são encontrados em locais de clima quente e úmido.

Reprodução, cultivo, poda e adubação – Primaveras multiplicam-se por alporquia ou por estacas de galhos lenhosos, com aproximadamente 20 cm. A primavera gosta de sol pleno, clima quente e úmido, e suporta solos mais secos. As regas podem ser feitas aproximadamente de 15 em 15 dias. A frequência só deve ser aumentada nos primeiros meses após o plantio ou em épocas muito quentes.

Sobre a questão do sol pleno, é interessante lembrar que em seu habitat natural, a primavera cresce encostada em grandes árvores e utiliza-se dela como tutor. Isso acontece particularmente com a Bougainvillea glabra, que emite brotações muito vigorosas na vertical, até atingir o topo da árvore.

Aí, então, abre-se em copa e suas folhas e flores se confundem com as da própria árvore que serviu de apoio. Assim, podemos pensar que é possível cultivar primaveras à meia-sombra, desde que haja condições da parte aérea receber raios solares diretos.

Recomenda-se fazer uma poda de limpeza periodicamente, removendo galhos secos e doentes, para favorecer o bom desenvolvimento da primavera e estimular sua floração constante. Após a poda é aconselhável realizar uma boa adubação, usando adubos orgânicos ricos em Fósforo (P).

Em geral, as primaveras devem ser adubadas preferencialmente com material orgânico (esterco bem curtido, torta de mamona ou farinha de ossos). No caso de optar pelo adubo químico, a recomendação é aplicar uma formulação NPK 10-20-15 ou aproximada, com predominância do P (Fósforo) da fórmula.

Apesar de rústica, a primavera pode ser atacada por lagartas (que devem ser eliminadas pela catação manual) e doenças fúngicas. Se o problema for muito grave, indica-se borrifar a planta com um bom fungicida, tomando sempre o cuidado de não encharcar o seu solo, para evitar o acúmulo de umidade.

É possível cultivar a primavera em vaso, desde que sejam observados alguns cuidados essenciais:

* Preparar o solo para o plantio com uma parte de terra comum de jardim, uma parte de terra vegetal e duas partes de areia, para facilitar a oxigenação, impedindo que o substrato fique muito compacto.

* Colocar o vaso em local ensolarado. Para florescer, a primavera precisa de pelo menos quatro horas diárias de sol.

* Regar pela manhã ou à tarde, quando os raios solares não estão intensos.

* Fazer adubações periódicas, usando adubos orgânicos ricos em Fósforo (P).

chuva no mar